O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Data amarga para os petistas
01/09/2018 - BR-18 - Marcelo de Moraes e Vera Magalhães - O Estado de S.Paulo

O dia 31 de agosto é uma data ingrata para os políticos do PT. Nesta sexta-feira, o registro de Lula foi negado pelo TSE, tirando de vez o ex-presidente da eleição. Há dois anos, o impeachment de Dilma era sacramentado por decisão do Senado. Duas datas que nenhum petista irá querer comemorar.

Foi por pouco. O voto decisivo do ministro Admar Gonzaga foi feito por volta das 23:15. Um dos petistas que ressaltou a coincidência foi o ex-presidente do partido, Rui Falcão.

O funk do Meirelles


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Conectada ao mundo digital com linguagem informal das redes sociais, a campanha de Henrique Meirelles (MDB) traz uma inserção no rádio em ritmo de funk – uma alternativa ao tecnobrega imperante dos jingles – que diz: “Meirelles vai por o País no ritmo que o Brasil gosta”.

Talvez ainda surja uma peça com o ex-ministro numa pista rave.

Em busca da razão

A disputa entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) faz fervilhar teses sobre a racionalidade do voto.

Ambos encarnam o antipetismo, mas o eleitor pode pensar que o tucano é mais moderado com intenção de operar dentro da legalidade ou que o voto no deputado pode representar, além do critério antipetista, um sentimento de “rejeição a tudo” contra “o conjunto do que se organizou no país desde a Constituição de 1988”, escreve o cientista político André Singer, na Folha.

Começa a "aula" para aprender a falar "Haddad"

“É um menino muito bom”, afirma o candidato ao Senado pelo PT da Bahia, Jaques Wagner, em vídeo postado em seu perfil no Twitter, após ensinar o público a falar o nome de Fernando Haddad, que deve substituir Lula na chapa presidencial do partido.

Alguns eleitores baiano têm chamado o ex-prefeito de “Andrade”.

Eleição com mais brancos que negros

Enquanto 54,9% da população do País se autodeclara negra, segundo dados da última Pnad, 46,4% dos candidatos (presidente, governador, vices, senador e deputados federais e estaduais, além de suplentes) registrados no TSE se autodeclararam negros, informa o Estadão.

Os candidatos brancos que pediram registros à Justiça Eleitoral representam 52,6%.

“A gente construiu uma resposta para a questão de gênero na política, mas não construiu formas de garantir a justiça racial”, diz a socióloga Vilma Reis, presidente do Conselho Nacional de Ouvidores das Defensorias Públicas.

PT promete lutar por Lula

Após ver o registro de Lula ser indeferido pela Justiça Eleitoral, o PT prometeu em nota não desistir da candidatura do ex-presidente.

Em nota publicada em seu site, o partido diz que “continuará lutando por todos os meios” para colocar Lula na urna.

“Vamos apresentar todos os recursos aos tribunais para que sejam reconhecidos os direitos políticos de Lula, previstos na lei e nos tratados internacionais ratificados pelo Brasil. Vamos defender Lula nas ruas, junto com o povo, porque ele é o candidato da esperança”, diz nota assinada pela Executiva Nacional do PT.

No rádio, PT traz Lula como candidato

Apesar de Lula estar fora da disputa eleitoral como candidato, após decisão desta madrugada do TSE, a propaganda eleitoral do PT no rádio foi ao ar nesta manhã com o ex-presidente como presidenciável e, Fernando Haddad, seu vice.

O partido tem 10 dias para substituir Lula na cabeça de chapa.

Neste sábado, 1, começa o horário eleitoral para os candidatos ao Palácio do Planalto.

Marina comemora decisão do TSE

A candidata do Rede à Presidência da República, Marina Silva, elogiou a decisão do TSE sobre o registro de candidatura do ex-presidente Lula.

“O processo eleitoral poderá prosseguir de acordo com os ritos legais”, disse.

Fez, entretanto, um porém:

“A Justiça ainda precisa alcançar todos aqueles que cometeram crimes e que estão protegidos pelo manto da impunidade do foro privilegiado”.

Dias, Amoêdo e Vera Lúcia estreiam "nanicos" no JN

Enquanto as atenções se concentravam no julgamento do registro de Lula no TSE, os candidatos “nanicos” tiveram oportunidade de falar no Jornal Nacional.

Onrem à noite, Alvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Vera Lúcia (PSTU) puderam falar por 1 minuto sobre suas propostas.

Dias defendeu o combate a corrupção como forma de atrair novamente investimentos para o País, seguindo a tendência de sua campanha de se aproximar da Operação Lava Jato.

Amoêdo propôs privatizar empresas estatais.

Já a candidata do PSTU avisou que, caso consiga chegar ao Palácio do Planalto, não vai pagar a dívida pública.

Federalismo distorcido

“Em boa hora, o presidente Michel Temer voltou atrás de um recuo anunciado na quarta-feira passada e decidiu propor ao Congresso Nacional o adiamento do reajuste dos servidores públicos federais de 2019 para 2020, de acordo com fontes da área econômica ouvidas pelo Estado.

Já o aumento de 16,38% do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi acordado entre a Corte e o Executivo como uma espécie de compensação pelo fim do auxílio-moradia, está mantido na proposta de Lei de Orçamento para 2019.”

Trecho de editorial do Estadão deste sábado.

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