Boulos zerado no Ibope 12/09/2018
- BR18 - Marcelo de Moraes e Vera Magalhães - O Estado de S.Paulo
O líder do MTST e presidenciável Guilherme Boulos, do PSOL, que tinha 1% das preferências na sondagem anterior, aparece zerado na pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada na noite de ontem, ao lado de João Goulart Filho, do PPL, e Eymael, do DC.
Boulos está atrás até de Vera Lúcia, do PSTU, e do Cabo Daciolo, do Patriota, que têm 1% das intenções de voto.
Faltou combinar bem
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O presidente Michel Temer solicitou que a segurança do Planalto levante imagens do presidente do Sebrae, Afif Domingos, entrando pela garagem do palácio na última segunda-feira, 11.
Temer quer rebater a versão de Afif, que disse ter sido pego de surpresa com a decisão de que o Sebrae dará R$ 200 milhões para financiar a Agência Brasileira de Museus (Abram).
As imagens mostrariam Afif se dirigindo à reunião na Casa Civil, onde se encontrou com Eliseu Padilha, e foi informado de que patrocinaria a Abram, querendo ou não, segundo a Coluna Estadão.
Ontem, Temer ligou para Afif para cobrar seu compromisso e pedir explicação sobre a ameaça de que irá questionar a MP no Supremo.
Afif disse à Coluna que Padilha ligou pra ele dizendo que havia uma “determinação” para destinar a verba.
Ministros dizem que Afif não se opôs a ajudar.
Ações de procuradores na mira
A corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público vai apurar se as denúncias apresentadas por promotores e procuradores na reta final da eleição configuram atuação política, informa a colunista Mônica Bergamo na Folha.
O pedido foi feito pelo conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, que cita ações propostas nas últimas semanas contra Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Beto Richa (PSDB-PR).
Só boas novas para Bolsonaro
Além da melhora clínica, Jair Bolsonaro só teve boas notícias com o Ibope: “cresceu seis pontos, de 20% para 26%, entre agosto e setembro, reduziu sua ainda altíssima rejeição de 44% para 41% e, em vez de perder, agora está em empate técnico com os adversários no segundo turno”, analisa Eliane Cantanhêde no Estadão.
Apelo prematuro ao voto útil
A pregação de voto útil, que normalmente acontece na reta final das campanhas, chegou antes diante do quadro que mostra resiliência de Jair Bolsonaro e crescimento do candidato do PT, Fernando Haddad.
Geraldo Alckmin (PSDB) foi o primeiro a indicar este caminho, ao dizer que “votar em Bolsonaro é um passaporte para a volta do PT”.
Agora a mensagem chega à propaganda eleitoral.
Mas a boia do voto útil não será unilateral.
Ciro Gomes (PDT) e mesmo a sempre comedida Marina Silva (Rede) já se lançaram a ela diante da evidência de que os votos que tinham ou têm podem estar apenas fazendo uma escala até desaguar em Haddad.
O candidato postiço
“A apenas quatro semanas do primeiro turno da eleição presidencial, o PT finalmente sacramentou Fernando Haddad como seu candidato.
Na versão oficial do partido, o candidato deveria ser seu guia supremo, Lula da Silva, mas este, de acordo com a martiriologia lulopetista, foi impedido pelo “golpe” – uma descomunal articulação entre políticos, juízes, banqueiros, imprensa e até o governo norte-americano para sabotar o projeto de fazer o Brasil ser “feliz de novo”, conforme diz o slogan da atual campanha do PT.”
Trecho do editorial do Estadão nesta quarta-feira, 12.
Transferência estável
O potencial de transferência de votos de Lula para Fernando Haddad se estabilizou na última semana, depois de ter se intensificado entre 20 de agosto e 5 de setembro.
A análise da curva foi feita pelo Estadão a partir da pesquisa Ibope.
A parcela que votaria “com certeza” no ex-prefeito está agora em 23%, apenas um ponto porcentual acima do resultado obtido na semana anterior.
Contagem regressiva do BR18: faltam 25 dias
Com a indicação de Fernando Haddad como candidato do PT no lugar de Lula a campanha entra nesta quarta-feira em sua versão definitiva.
As peças de publicidade petistas já mostram o ex-prefeito como candidato, e as pesquisas realizadas nesta semana o colocam em situação de empate com o bloco dos que disputam o segundo lugar.
A pouco mais de três semanas do pleito, o movimento do PT será o de levar ao eleitor, principalmente no Norte e Nordeste, a mensagem do slogan publicitário, segundo a qual “Haddad é Lula”.
Já os adversários anteciparam a pregação de voto útil, destinada aos que não querem um segundo turno entre o petista e Jair Bolsonaro.