capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 23/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.932.081 pageviews  

Críticas Construtivas Se todo governante quer, por quê não?!!!

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Pesquisas e eleição
20/09/2018 - NEY LOPES*

A divulgação de pesquisas é o momento mais torturante para os candidatos.

Cientificamente, a pesquisa é válida. Entretanto, em período eleitoral exige-se muita cautela para identificar os institutos idôneos e aqueles que “manipulam resultados” para inflar, ou destruir candidaturas.

Em eleição majoritária convivi com pesquisas em 2004, quando fui candidato a prefeito de Natal, RN, de “última hora”, para atender apelo do meu partido.


PUBLICIDADE


À época tinha altíssimas chances de ser escolhido pela Câmara Federal Ministro do TCU, com o nome já aprovado nas comissões.

A cúpula do partido (então PFL) no RN fez apelo dramático e prometeu que, se perdesse a disputa de prefeito, estaria confirmada na eleição seguinte a minha candidatura ao Senado, um velho sonho.

Acreditei, renunciei ao TCU e aceitei o desafio.

Um instituto de pesquisa me procurou e pediu valor em dinheiro para colocar o meu nome como favorito. Recusei.

No final, perdi a eleição e o compromisso da indicação partidária para o senado não foi cumprido.

Na tumultuada eleição de 2018 assiste-se com frequência a “dança” das pesquisas, que não é fotografia estática, mas sim filmagem ao vivo, dinâmica.

Vale lembrar que em 2014, duas semanas antes das eleições presidenciais, Marina Silva tinha 37% das intenções de voto, Aécio tinha 14%.

Abertas as urnas, Marina não foi nem para o segundo turno.

No Rio Grande do Norte dois exemplos: em 2010, na disputa pelo senado, o empresário Fernando Bezerra era favorito absoluto nas pesquisas.

A atual prefeita de Mossoró, RN, Rosalba Ciarlini ganhou a eleição.

Em 2014, o então deputado Henrique Alves chegou a liderar pesquisas, pela ampla margem de 40%. Terminou derrotado.

As eleições majoritárias no Brasil, desde 1994, foram disputadas entre PT e antiPT, o que se repete em 2018.

Faltando 18 dias para a votação, Bolsonaro se consolida na liderança e irá para segundo turno.

A pesquisa do Ibope divulgada na segunda feira coloca Jair Bolsonaro com 28% das intenções de votos, seguido de Fernando Haddad (PT), com 19%, Ciro Gomes (PDT), com 11%, Geraldo Alckmin (PSDB): 7% e Marina Silva (Rede): 6%.

Os números, até agora, demonstram que não parece viável a “carona” sonhada por Alckmin, de que a rejeição a Bolsonaro leve os antipetistas a apoiá-lo (voto útil), na reta final da campanha.

Outra vertente do “voto útil”, para evitar Haddad no segundo turno, consistiria nos eleitores que rejeitam Bolsonaro serem convencidos de que o petista é quem tem menos chance de vencer o candidato da direita, num segundo turno. Nesse caso, Ciro cresceria.

Nos últimos dias, Bolsonaro enfrenta desgastes, em razão das declarações do seu vice-presidente.

Agravou-se com a informação de que, Paulo Guedes, (o seu “guru econômico) foi apontado pela Justiça como um dos beneficiários de fraude que causou prejuízos à fundação responsável pela gestão da aposentadoria dos funcionários do BNDES, arranhando o discurso anticorrupção do candidato.

Por outro lado, o economista Pérsio Árida, de renome internacional, declarou à Folha, que Paulo Guedes é mitômano, nunca escreveu artigo acadêmico de relevo e jamais dedicou um minuto à vida pública, sem nenhuma experiência.

Ademais é ultra privatista e defensor ferrenho da desmontagem do serviço público e do estado.

Nesse “vai e vem” de probabilidades eleitorais, a grande preocupação é a alta parcela de indecisos.

Na resposta espontânea das pesquisas, 32% não sabem em quem votar. Dos que optam pelo voto nulo ou branco, 61% dizem que não mudarão de opinião. Um grande risco, em relação à legitimidade dos eleitos.

Em qualquer hipótese, o desfecho da eleição presidencial parece girar em torno de Bolsonaro e Haddad (Ciro é o único que ainda ameaça chegar ao segundo turno).

Definição já no primeiro turno, não é previsível. Qualquer prognóstico de vitória no segundo turno torna-se absolutamente impossível.

Muita água ainda irá correr, em baixo da ponte!

...

*Jornalista, advogado, ex-deputado federal; ex-presidente do Parlamento Latino-Americano, procurador federal.

E-mail: nl@neylopes.com.br
Blog: blogdoneylopes.com.br


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques