TRANSIÇÃO: TEMER DÁ TRATAMENTO VIP AO SUCESSOR 28/09/2018
- CLÁUDIO HUMBERTO - DIÁRIO DO PODER
Além de espaço reformado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de 2.500 m², em Brasília, o governo Temer prepara um documento completamente digital, batizado de “Governa Transição”, que cria uma espécie de extrato de tudo o que há no governo federal.
O objetivo é dar uma visão geral para a equipe de transição do próximo presidente sobre cargos disponíveis, projetos, conquistas, desafios e etc.
O QUE MAIS INTERESSA
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O Planalto já encomendou a todos os órgãos do governo um “listão” de cargos de confiança e funções disponíveis em cada um deles.
APOSENTADORIA
O “Governa Transição” inclui até detalhes sobre o número de servidores que deverão se aposentar nos próximos anos.
ADAPTAÇÃO
A Secretaria-Geral do Planalto mobilizou 60 pessoas nas obras de adaptação e ambientação do gabinete de transição no CCBB.
TOQUE DE CAIXA
A ordem do presidente Michel Temer é que tudo deve estar pronto e preparado tão logo seja anunciado o vencedor da eleição presidencial.
PLANTADORES FALAM EM CALOTE BILIONÁRIO DAS USINAS
Ao reparar danos causados às usinas pela política de preços do extinto Instituto do Açúcar e do Álcool, a Justiça Federal deixou às indústrias de São Paulo e a Copersucar a tarefa de cumprir a lei 4870 (artigos 10º e 11º), que regulamenta preços, repassando aos fornecedores de cana a diferença entre o que lhes foi pago, no período, e o custo indicado na perícia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O “beiço” das usinas está gerando prejuízos bilionários para os fornecedores de cana-de-açúcar.
PODE SER AINDA PIOR
O consultor técnico Celso Roberto Dias Mendes adverte: o calote gera dúvidas nas provas periciais que instruíram a decisão judicial.
TUDO DOCUMENTADO
Todo o cálculo da indenização ao setor sucroenergético, que inclui os produtores de cana, foi baseado nos Livros de Produção Diária (LPD).
ALMA COMO TESTEMUNHA
Os LPDs são a alma das usinas: registram produção de álcool e açúcar, vendas e toda a cana-de-açúcar moída, própria e de terceiros.
NEGÓCIO BILIONÁRIO
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizou o custo da campanha até agora em R$ 3,5 bilhões.
É muito para uma primeira campanha sem os caminhões de dinheiro de empreiteiras.
Em 2014, o custo foi de R$5 bi.
GRANA NÃO É TUDO
A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) é ruim, mas está longe de ser a mais barata: já bateu a marca de R$ 50 milhões em caixa.
É mais que o dobro do orçamento de Haddad (PT). E 50 vezes a de Bolsonaro.
FREJAT NO PODER
Em Brasília, quem não “vende a alma ao diabo”, divide-a por três.
Jofran Frejat desistiu da disputa e apoia Alberto Fraga (DEM) para o governo do DF, mas sua mulher apoia Ibaneis Rocha (MDB) e Adélia Frejat, que coordenava a campanha do tio, está com Eliana Pedrosa.
UMA DÉCADA DEPOIS
Demorou, mas o TCU multou a Associação Brasileira de Empresas de Transporte Aéreo Regional em R$ 100 mil e proibiu contratações com o poder público por cinco anos por fraudes cometidas em 2007 e 2008.
INDEFINIÇÃO
Pesquisa Istoé/Sensus (BR-02407/2018) traz cenário indefinido sobre "voto útil", com 35,8% dos eleitores afirmando que farão uso do recurso e 10,4% talvez.
Para 47%, entretanto, o voto útil não será praticado.
PREOCUPAÇÃO É OUTRA
A ausência de algumas parlamentares que dizem lutar por direitos das mulheres foi sentida ontem, na Câmara, durante debate sobre atuação feminina no mercado de trabalho.
A campanha ficou mais importante.
DESBUROCRATIZAR É AVANÇAR
A Abema, associação de secretários de Meio Ambiente, enviou carta com dez pedidos aos presidenciáveis.
O principal é desburocratizar o licenciamento ambiental, que gera grande prejuízo, diz a associação.
IMPOSTO ÚNICO
O Congresso pode criar um imposto único para os combustíveis com objetivo de substituir o ICMS, Pis/Cofins e a Cide.
A ideia é reduzir a “guerra fiscal” e distribuir 30% para Estados e 20% para municípios.
PENSANDO BEM…
…o PT venceu em 2002, também em 2006, ganhou de novo em 2010, assim como 2014, mas a culpa da crise é sempre dos outros.