Quase todas as campanhas dos 26.681 candidatos de 35 partidos estão com pagamentos atrasados aos prestadores de serviços que trabalharam nas eleições.
Têm políticos vitoriosos, derrotados e outros que foram para o 2º turno, entre os que gastaram mais do que tinham.
Teme-se um calote de grandes proporções. Vale lembrar que o pleito ocorreu com regras diferentes para as campanhas, com o fundo eleitoral público (R$ 1,7 bilhão), a proibição de doações das empresas e com limites rígidos para financiamento coletivo via internet.
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O fenômeno surpreende porque as campanhas custaram menos uns 50%, em média, comparada às anteriores, inclusive as majoritárias.
Os maiores gastos nem foram com os salários dos publicitários, mas com produções, formatos dos programas e viagens.
O trabalho envolveu novas formas de comunicação, como postagens pagas na internet e nas mídias sociais.
E se antes houve o envolvimento de fornecedores com o Caixa 2, agora os prestadores atuaram cautelosos, o que pode significar uma certa garantia para receber o devido, afinal, há um título a protestar na Justiça.
FATURA A CAMINHO
Depois do 2º turno das eleições, a Advocacia-Geral da União receberá do Tribunal Superior Eleitoral uma primeira leva de informações sobre os gastos que a Justiça Eleitoral teve nos últimos anos, com a realização de pleitos suplementares.
A ideia é cobrar dos ex-gestores cassados esses custos, já que desrespeitaram à legislação eleitoral.
Os primeiros alvos dessas ações deverão ser os ex-governadores de Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), e do Amazonas, José Melo (PR).
TEM DISPUTA
Reeleito para outro mandato, Renan Calheiros quer voltar à presidência do Senado.
Como desejo de poder não é sentimento exclusivo, o político alagoano pode contar com uma disputa ao cargo.
Sua colega de bancada, a também emedista Simone Tebet (MS), disse a colegas em Brasília que vai concorrer a cadeira.
Ela é herdeira política do pai, Ramez Tebet, que já ocupou o cargo entre 2001 e 2003, falecido em 2006 e que foi ministro de FHC.
Quem vencer controlará um orçamento de R$ 4,2 bilhões.
MAIS ENXUTA
A EBC pretende devolver cinco prédios que mantém no Rio de Janeiro à Secretaria de Patrimônio da União.
O superintendente da Regional Sudeste da emissora, Mário Marques, diz que o estudo estará pronto para ser entregue ao próximo governo, a quem caberá traçar os destinos da empresa.
VOTO NO XADREZ
Quase 12 mil presos provisórios escolherão entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) no 2º turno da eleição presidencial.
A informação é do TSE, que contabilizou os votos de 9.326 detentos no 1º turno – cerca de 80% dos que manifestaram interesse em participar do pleito.
O número, no entanto, é ínfimo e corresponde a apenas 5% dos 232 mil presos aptos a votar.
A maioria, com certeza, não deve escolher o Capitão da reserva.
AGENDA VAZIA
Não é só a vida do presidente Michel Temer que tem sido afetada pelo inquérito que apura a suspeita de recebimento de propina na edição de um decreto que beneficiou o setor de portos.
Indiciada com o pai, Maristela Temer – antes com a agenda cheia – viu o movimento de pacientes cair no consultório de psicologia que mantém em área nobre de São Paulo.
A suspeita da Polícia Federal é de que a reforma na casa de Maristela, avaliada em R$ 1 milhão, tenha sido bancada com dinheiro sujo. Ela nega.
FARRA DOS ATESTADOS
Agora, o médico do trabalho pode discutir casos clínicos que lhe foram encaminhados pelo médico assistente.
Ou seja, o funcionário de uma empresa que estiver com problemas de saúde relacionados ao espaço onde exerce suas funções poderá contar com o apoio desse especialista para sua recuperação.
Entretanto, ao baixar resolução nesse sentido, o Conselho Federal de Medicina emitiu um alerta: o médico está proibido de assinar formulários de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em branco, ou emiti-lo sem que tenha feito o exame médico no trabalhador.
ANTES DA POSSE
A Boeing intensificou as negociações com Embraer para assinar os últimos documentos que faltam à criação da joint venture anunciada em julho.
A intenção é deixar tudo acertado até dezembro, antes que o novo presidente tome posse.
A discussão envolve, sobretudo, a alocação de funcionários e o pacote de modelos que será oferecido ao mercado.
Pelo acordo, a Embraer vai ter 20% e a Boeing, 80% da nova empresa, avaliada em US$ 4,75 bilhões.
BRIGADA PESADA
A menos de três meses do fim da intervenção federal, o Exército vai receber no início de novembro os 16 blindados adquiridos, com dispensa de licitação, junto ao governo da Itália.
Os veículos custarão R$ 16 milhões, pagos com o dinheiro destinado pelo Palácio do Planalto à operação militar no Rio de Janeiro.
Quando as Forças Armadas terminarem a intervenção os veículos ficarão com o Comando Militar do Leste.