TCU DECIDE HOJE SE VAI MESMO FISCALIZAR A OAB 07/11/2018
- CLÁUDIO HUMBERTO - DIÁRIO DO PODER
O Tribunal de Contas da União decide nesta quarta (7) se a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) será submetida a fiscalização.
A OAB luta historicamente para não se deixar fiscalizar pelo TCU, alegando “independência”, consolidando uma situação privilegiada em relação a órgãos semelhantes, como conselhos profissionais federais.
No TCU, a tendência é decidir que a OAB será submetida ao controle de contas.
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PRIVILÉGIOS E OBRIGAÇÕES
A OAB criou uma categoria exclusiva, segundo o MP de Contas: “pública nos privilégios e privada nas obrigações”.
ATÍPICO
A OAB diz que não é “autarquia típica”, nem gerencia verbas públicas. E cita decisão de 1951 do extinto Tribunal de Recursos: “nada mudou”.
MUDANÇA RELEVANTE
Para o TCU, vale o entendimento de que a previsão constitucional de pagamentos de contribuições à OAB mudou o ordenamento jurídico.
SE NÃO DEVE, NÃO TEME
Para o Ministério Público junto ao TCU, as leis mudaram o suficiente para a OAB passar a ser finalmente fiscalizada pelo tribunal.
LUCRO DA PETROBRAS ABORTOU CRESCIMENTO DO PAÍS
O lucro da Petrobras no terceiro trimestre, de R$ 6,6 bilhões, foi fabricado pela política malandra adotada na gestão do ex-presidente Pedro Parente de reajuste diário nos combustíveis.
Muitos consideram essa política criminosa por asfixiar a economia como um torniquete.
Os caminhoneiros não suportaram os custos siderais (estavam pagando para trabalhar), e 207 reajustes depois, eles eclodiram a greve de maio, que abortou o crescimento previsto de 3,5% para o Brasil, em 2018.
LUCRO ESCLARECEDOR
A Petrobras alegou “variação dos preços internacionais” para justificar os aumentos diários, mas o lucro de R$ 6,6 bilhões desmonta a lorota.
A LOROTA FICOU CLARA
O faturamento da Petrobras subiu em flecha, ao contrário dos supostos custos da “variação de preços internacionais” dos combustíveis.
ASSIM, ATÉ MINHA AVÓ
Protegida pelo monopólio, sem concorrência, e determinando os preços que deseja, qualquer vendedor de picolé tiraria a Petrobras do buraco.
DEVERIAM SE ENVERGONHAR
As distribuidoras de combustíveis também lucraram fácil. Só a BR Distribuidora lucrou R$ 1,07 bilhão no 3º trimestre.
É que as refinarias e destilarias são obrigadas a entregar seus produtos às distribuidoras, que acrescentam o lucro que querem e os revendem aos postos.
POR QUE NÃO GOSTOU?
Deputados notaram que ontem, na Câmara, Jair Bolsonaro fez expressão contrariada quando, já com sessão solene caminhando para o fim, arrumaram uma cadeira para o vice a seu lado, na mesa diretora.
OUTRO AUMENTO CRIMINOSO
É tão vergonhoso quanto o projeto o lobby milionário para a CCJ do Senado aprovar nesta quarta a proposta que aumenta em até 747% as tarifas dos cartórios.
O presidente da CCJ é Edison Lobão (MDB-MA) e a relatora da indecência é a senadora Rose de Freitas (Pode-ES).
MINISTÉRIO DO TRABALHO JÁ DEU
A equipe de transição avalia a extinção do Ministério do Trabalho, por inútil, como esta coluna havia antecipado.
Há a possibilidade de fatiar o que há de aprovável em sua estrutura entre vários outros órgãos.
SEM TER O QUE DIZER
A Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) se recusa a explicar porque há dez anos sua sede para a América Central fica em Cuba, cujo comércio com o Brasil caiu 38% nos últimos 6 anos.
OLHO NO FUTURO
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse estar aberto a discutir alterações no Orçamento com Jair Bolsonaro.
Para ele, não seria correto e nem justo impedir solicitações do presidente eleito.
NEM PENSAR
Reeleito atacando Bolsonaro e bajulando Lula e Haddad, Renan Calheiros (MDB-AL) já falava ontem que “conversar é a ordem”.
Mas o presidente eleito já avisou que tipos assim ele não recebe no Planalto.
ELEIÇÕES NOS EUA
O partido Republicano dos EUA controla a Câmara desde de 2011, na oposição a Barack Obama. A expectativa é que os Democratas agora retomem a maioria. Já o Senado deve permanecer republicano.
PENSANDO BEM…
…ontem, havia mais deputados tentando selfie com Bolsonaro do que dispostos a trabalhar.