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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

CABEÇA DE PRESIDENTE
25/11/2018 - BLOG DE REINALDO AZEVEDO

Vice de Bolsonaro ajusta o discurso depois da eleição e evidencia a boa formação dos generais do país

O Brasil tem uma pessoa com uma cabeça presidencial. E escrevo o que vai aqui não para fazer futrica ou com o ânimo de intrigar. Escrevo porque é fato.

E quem tem a cabeça presidencial é o general Hamilton Mourão, vice-presidente da República.


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Se, pouco antes de passar para a reserva e mesmo durante a campanha eleitoral, andou dizendo algumas coisas esquisitas, o fato é que o militar que tinha fama de ter boa formação e de ser intelectualmente disciplinado vem se mostrando depois da eleição.

Na quinta, em evento promovido pelo TCU, Mourão afirmou que pretende fazer uma seleção de projetos cujo desenvolvimento vai acompanhar pessoalmente; falou sobre a necessidade de reduzir a carga tributária; fez uma defesa — contam-me que com conhecimento de causa — do câmbio flutuante; posicionou-se a favor da abertura comercial, mas advertiu que a coisa tem de ser feita com cuidado para preservar os empregos industriais e deixou claro que pretende exercer parte das atribuições que normalmente ficariam com a Casa Civil e com a Secretaria Geral da Presidência.

Não sei se notaram, ele fala com desassombro também sobre temas que seriam monopólio, na equipe, de Paulo Guedes.

Não! Não estou dizendo que ele se assoberba. Essa função de acompanhamento de projetos conta com a anuência de Jair Bolsonaro.

Mas há, sim, quem se incomode com o desassombro com que ele vocaliza um projeto de governo, coisa que, vamos convir, o presidente eleito não consegue fazer.

E a razão é simples: Bolsonaro se sente bem no papel de ideólogo. Não se mete na área de economia porque, confessadamente, não domina um instrumental mínimo.

Como ele mesmo diz quando sai uma nomeação da área econômica, tem de confiar no que lhe diz Guedes.

Com Mourão é diferente. Até porque a formação intelectual de um general difere bastante da de um capitão.

O vice concedeu uma entrevista a Mônica Bérgamo na Folha de sexta. E o pensamento estratégico da caserna — e, neste caso em particular, o bom pensamento — toma o lugar do que, lamento dizer, na fala de Bolsonaro se confunde com subserviência aos EUA.

Indagado sobre o alinhamento automático do Brasil com aquele país, ele responde:

“A posição brasileira tem sido sempre marcada por um certo pragmatismo. A gente tem que buscar nossos objetivos e os países que fortaleçam a conquista desses objetivos. A posição dos EUA é inquestionável. É a potência hegemônica (…). Mas não podemos descuidar dos outros grandes atores da arena internacional. Não podemos nos descuidar do relacionamento com a China.”

Como se nota, não é assim tão complicado.

E qual deve ser a posição do Brasil no embate entre China e EUA?

Depois de reconhecer que Bolsonaro e Donald Trump tem o que chamou de “forma peculiar de lidar com o mundo exterior”, deixou claro que o país tem de ter noção do seu papel no cenário internacional.

E acertou de novo ao afirmar:

“Nós podemos comprar as brigas que podemos vencer. As que a gente não pode, não é o caso de comprar. Uma briga com a China não é uma boa briga, certo? Tenho certeza absoluta de que nós não vamos brigar — 34% das nossas exportações são para a China. Não podemos fechar esse caminho pois tem outros loucos para chegarem nele.”

E com o Mercosul, aquele não “é prioridade”, segundo Guedes? Ele responde:

“O Mercosul, como acordo de comércio, não está cumprindo a sua função. Então, antes de pensarmos em extinguir, derrubar, boicotar, temos que fazer os esforços ainda necessários para que atinja os seus objetivos. Tem que haver uma conversa maior com os nossos vizinhos. Principalmente com a Argentina.”

Acertou outra vez.

E sobre transferir a embaixada brasileira em Israel de Telavive para Jerusalém?

Afirma Mourão:

“É óbvio que a questão terá que ser bem pensada. É uma decisão que não pode ser tomada de afogadilho, de orelhada. Nós temos um relacionamento comercial importante com o mundo árabe. E competidores que estão de olho se perdermos essa via de comércio. Há também uma população de origem árabe muito grande em nosso país, concentrada nas nossas fronteiras. Temos sempre que olhar a questão do terrorismo internacional oriundo da questão religiosa, que poderá ser transferida para o Brasil se houver um posicionamento mais forte em relação ao conflito do Oriente Médio. Agora, dentro daquela disciplina intelectual: após estudado o assunto, espancada a ideia, tomada a decisão, vamos com ela.”

Tratei de todos estes temas neste blog ao abordar declarações do candidato e do presidente eleito Jair Bolsonaro.

E afirmei, como evidenciam os arquivos, o que diz o general. Sem tirar nem pôr.

Não é que o general esteja certo porque eu estava certo. Ou o contrário.

É que esses são os fatos.


  

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