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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

O militar e o jornalismo
03/12/2018 - HILDEBERTO ALELUIA - DIÁRIO DO PODER

Impressiona e é um espanto. A velocidade e a forma como o jornalismo (aí leia-se como jornais impresso, revistas e televisão) está se descaracterizando.

Agredindo fatos e navegando contra a realidade ele vai morrendo sem explicações aparentes.

Muitas vezes vale se perguntar onde querem chegar.


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Omissões, ideologia, ignorância, má formação, má administração e má fé.

Esses, alguns dos ingredientes que estão na panela onde ferve e se desmancha o jornalismo atual.

Não é só a internet que o ameaça.

Depois da internet seu maior algoz é o próprio jornalista.

Salvo destacadas e honrosas exceções.

Nesse burburinho a velha mídia se perde e naufraga. Não é só no Brasil. É no mundo inteiro. Com peculiaridades, diferenças e volumes. Mas no Brasil é especial.

Nas últimas eleições um candidato, solitário, sem partido, sem representatividade no Congresso Nacional, sem acesso à velha mídia, sem dinheiro, sem linha direta com os chamados formadores de opinião navegou pela internet captando o sentimento de uma larga parcela do eleitorado.

Esse sentimento não foi, sequer, captado pelos institutos de pesquisas.

Bolsonaro virou gênio. Engoliu a todos.

Toda a teia do jornalismo de TV, de rádio e jornais, ignora, solenemente, o que a maioria da população pensa.

Acusado de racista, nazista, homofóbico, direitista, ditador, violento e despreparado ele foi navegando.

A velha mídia dava guarida a essas argumentações e ainda buscava matérias extras para substanciar esses adjetivos. Mesmo assim venceu.

Venceu a mídia, venceu a esquerda, venceu o judiciário, venceu os bancos, venceu o Congresso Nacional e o governo, venceu todo o segmento de poder instalado no país nos últimos trinta anos.

E o que é pior: após a vitória a velha mídia continua tratando o candidato eleito com um solene descrédito.

Bolsonaro forma um gabinete de incontestável probidade e formação profissional. Nem assim é reconhecido por eles.

Bolsonaro arma um governo perfeitamente de acordo com o pensamento daqueles que lhe votaram.

Os jornalistas da velha mídia, em sua maioria esmagadora só enxergam militares.

Claro que há exceções. Muito poucas. Mas essas exceções trabalham com mais independência em seus próprios blogs do que nas páginas e vídeos da velha mídia.

Logo após a eleição a velha mídia tratava o Bolsonaro com deboche. Agora o trata com ironia e desdém.

Chega a ser cansativo. Como se militar fosse um bicho que deveria viver enjaulado e fora do nosso contexto politico e social.

A velha mídia não sabe que o militar é um profissional admirado pelo brasileiro. Respeitado e querido. E de formação exemplar.

Eles insistem em apontar o numero de militares no governo como se fosse uma ameaça.

Tentam acuar, aqui e ali, os interlocutores, com perguntas estapafúrdias e análises estúpidas.

Os leitores não sabem: quem não gosta de militar é a imensa corrente de jornalistas engajados na ideologia de esquerda.

E não gosta porque o militar, ao longo dos últimos cem anos, foi sempre a barreira, a última barreira que se interpõe toda vez que a esquerda totalitária quer dominar o país.

Normalmente o Congresso Nacional se rende, o judiciário se rende, as elites se aconchegam e se locupletam.

Aí o povo, e alguns outros, poucos, vão bater na porta dos quartéis. E o militar é sempre quem salva a pátria e a liberdade.

Os jornalistas não sabem. Não conhecem a história, em sua maioria. Mas a nação sabe.

O Jornalista não sabe nem que a continência é também um ato de respeito e de admiração. Pensam que é apenas um ato de submissão.

Assisti na Globonews, na semana de 19 a 24 de novembro de 2018, inúmeras vezes, repórteres e comentaristas se referirem a “um assessor de segurança nacional” do governo dos Estados Unidos que visitaria o presidente eleito no dia 25 de novembro.

Por omissão, inexperiência, por ignorância ou má fé, desconhecem que o Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente dos Estados Unidos é quem visitava o Presidente eleito do Brasil.

E que ele é um dos quatro mais importantes executivos do governo americano, antecedido pelo próprio Presidente, pelo Secretário de Estado e pelo Secretário De Defesa.

Não creio que seja ignorância. Nem preguiça de realizar pesquisa. Acho que é descrédito mesmo.

Essa mesma mídia, a velha mídia, é aquela que permanece com olhos e ouvidos fechados a muita coisa que aconteceu no Brasil desde a era FHC.

Por interesses diversos, e cumplicidade, o leitor ficará por muito tempo sem saber.

Vem tomando conhecimento, aos poucos, pela internet.

A velha mídia morrerá antes que possa contar a verdadeira história do Brasil dos últimos trinta anos.


  

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