Perverso cinema da mamata (pra Osmar Terra meditar) 06/05/2019
- IPOJUCA PONTES - DIÁRIO DO PODER
A informação é de que Luiz Carlos Barreto (velho mamador dos cofres públicos) se entrevistou com Osmar Terra (deputado federal – MDB-RS), atual ministro da Cidadania, Desenvolvimento Social, Esporte e Cultura.
Trata-se de um velho hábito do “metade” mafioso LCB: sempre que pretende ampliar privilégios, o milionário cacique do cinema tupiniquim ataca por cima, marginalizando conversas com intermediários (quero dizer, gente do segundo escalão burocrático).
Embora se diga comunista, Barretão vai terminar bajulando Jair Bolsonaro para fazer um filme sobre como o Capitão chegou à presidência da Republica, seguindo os mesmos caminhos traçados para fazer “Lula, o Filho do Brasil”, o mais oneroso fracasso do cinema caboclo, um jogo de lobby que custou muito caro aos cofres do Erário segundo declarações do Antonio Palocci, ex-ministro (abalisado) de Lula e Dilma.
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Com efeito, há quase cinco décadas, conforme revelação à engajada Piauí, Barreto usa uma “estratégia” armada para achacar governos, que é a seguinte: Cacá Diegues tece leguleios sofistas em “jornal de prestígio”, caitituando seus interesses em tom crítico.
Logo em seguida, Barreto, “mexendo os pauzinhos”, parte para uma “entrevista governamental” com o ministro da vez, oferecendo a “mão aliada” em troca da concessão de mais verbas e outros privilégios.
Pois bem: com um jogo assim, manjado e sujo, essa gente já torrou bilhões de reais dos cofres públicos, alimentando a vasta corporação parasitária com altas somas em dinheiro extorquido da merenda escolar e do combate ao analfabetismo, da construção de casas populares, da compra de equipamentos e armas para manutenção da segurança pública e, o que é pior, do bolso exaurido do contribuinte indefeso.
O objetivo de tais entrevistas ministeriais, repito, tem sido o de arrombar os cofres da Viúva, em geral para fazer filmes subversivos, caros, ruins e desprezados pelo público – caso, por exemplo, do fracassado “O Grande Circo Místico”, do reincidente Cacá Diegues, recusado pelo júri de Cannes e pelo público brasileiro.
Muito bem. A entrevista de Barretão com Osmar Terra, sabe-se, foi para pedir que o “ministro da vez” fizesse a Ancine soltar rápido a grana da corporação, embora soubesse que a agência do cinema corrupto tivesse sido invadida pela Polícia Federal na busca e apreensão de documentos fraudulentos e, mais grave ainda, que o Tribunal de Contas da União (TCU) tivesse rejeitado as contas irregulares de produções bancadas com recursos públicos – entre as quais constavam as contas da própria LCB, produtora do cinematográfico Cacique.
Antes de seguir adiante, é preciso lembrar ao leitor que as chamadas “agências reguladoras” foram implantadas no Brasil pelo professor de marxismo Fernando Henrique Cardoso, vaselinoso social-democrata que comprou a própria reeleição presidencial e se tornou uma espécie de Anjo da Guarda de Lula, o Chacal.
Na teoria, as agências, espécie de entidade de administração indireta, pretendem fiscalizar determinadas atividades econômicas no País.
Na prática, no entanto, transformaram-se em rechonchudos cabides de empregos que nada fiscalizam, ou fiscalizam mal, de ordinário em favor do próprio Estado ou das corporações parasitárias à cata de privilégios, claro está, sempre adversas aos interesses da população vilipendiada.
No dito “encontro” com o ministro da Cidadania, Barreto – que nos arquivos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tem inúmeras ações judiciais movidas pela Prefeitura do Rio, Banco do Brasil, Banco do Estado do Ceará e o falido Banco Nacional, além de um cipoal de ações trabalhistas demandadas por técnicos e atores – revelou eufórico que Osmar Terra, no tempo da UFRJ, era “próximo do PCdoB e apaixonado pela palavra de ordem do Cinema Novo, "uma câmara na mão e uma ideia na cabeça”.
Se a melopeia enganosa de Barreto quer significar a adesão de Osmar Terra aos interesses predatórios do corporativista-mor, estamos todos ferrados, incluindo-se as deliberações tomadas pelo TCU contra as irregularidades sistemáticas da Ancine, conivente com as falcatruas da corporação parasitária, e o próprio trabalho da eficiente Polícia Federal, atenta no combate direto a apropriação indébita dos recursos públicos.
Neste aspecto, aliás, a conduta do ministro é ambígua, pois ao mesmo tempo em que se posiciona contra o uso da maconha e o consumo da droga, preciosidades apreciadas no “meio” artístico, também é capaz de votar pelo arquivamento do processo de corrupção passiva proposto contra Michel Temer, sujeito que a falange do PCdoB quer ver “por trás das grades” por desvios de R$ bilhões.
De resto, a própria atitude de Terra em reduzir a doação extravagante – proveniente da extinta Lei “Roubanet” – de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão, destinados ao financiamento de projetos ditos culturais, não demonstra razoabilidade: um milhão de reais é dinheiro pra burro.
Dá para remunerar mensalmente, na base do salário mínimo, mil trabalhadores que andam famintos por aí.
Ou pagar, no fim de cada mês, um milhão de trabalhadores quando a doação chega a casa de R$ 1 bilhão de reais, em média o teto de dinheiro dispensado anualmente pela Lei permissiva a projetos do setor.
De minha parte, considero que o principal problema da expansão cultural é a eliminação do analfabetismo.
Creio que investir na educação domiciliar é a medida urgente, visto que a modalidade de aprender com os pais, tutores e professores, a chamada “homeschooling”, assume caráter oportuno e prático num País de dimensão continental.
Outra alternativa: impulsionar, com recursos sacados do desperdício corporativista, a implantação nacional do projeto do Ensino a Distância (EAD), em expansão na China, Rússia e Estados Unidos, operado entre nós pela Secretaria Nacional da Juventude em parceria, ate agora, com 148 municípios do interior do País.
Trata-se de projeto essencial para alfabetizar cerca de doze milhões de analfabetos em idade escolar, cuja materialização carece de parafernália composta por vídeos, apostilas, e-books, monitores e os indispensáveis serviços da Internet.
Só que, enquanto falta dinheiro para expansão do Ensino à Distância, Cacá Diegues, “guru” da corporação insaciável, garante que ano passado foram produzidos 160 filmes de longa metragem no Brasil, orçados, em conjunto, na faixa de bilhões – filmes que, salvo exceção, ninguém vai ver ou que só circulam no noticiário da mídia amiga e nos custosos festivais ideologicamente controlados.
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PS 1 – Outro dia, ouvi a falácia de que para cada real investido pelo governo (irresponsável) na produção de um filme, há o retorno de R$ 1,70.
Então, pra que dinheiro do contribuinte se o negócio é rendoso?
PS 2 – Diz-se por aí que o sinistro Celso Amorim, o Diplomata Vermelho, está de partida para Portugal.
Uma ótima notícia! Vai logo, Amorim. Mas olha: fica por lá mesmo, não arranja bilhete de volta.
No início dos anos 80, escrevi o livro “Cinema Cativo”, esgotado, sobre a desastrosa gestão de Amorim na Embrafilme.
Sei bem do estou falando. Livro lançado, o diplomata foi chutado da corrupta estatal do cinema pelo general Rubem Ludwig, então ministro da Educação.