Não caiam na conversa. A dinheirama para comprar a papa-fina presidencial nada tem a ver com suas funções oficiais. A comida dos palácios já é paga com verba do Orçamento. E tem de passar por licitação. Das iguarias aos lençóis egípcios, incluindo os acepipes servidos aos visitantes, tudo isso é comprado com dinheiro oficial. E não precisa de cartão.

As despesas do presidente no Pão de Açúcar e em outras lojas – R$ 205 mil no total – SÃO LUXOS PRIVADOS, QUE ELE DEVERIA PAGAR COM A SUA GRANA.

Afinal, além do salário, ainda recebe a indecente pensão como perseguido da ditadura – e o fato é que ele não foi perseguido nem pela própria consciência, como bem soube Golbery do Couto e Silva, que ajudou a criar o mito, num ato de pura estupidez e maquiavelismo malsucedido.


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Ou como sabem os empresários com as quais ele negociava quando sindicalista, sempre mediado por um bom Black Label.

Desde o primeiro dia dessa crise, afirmo aqui: Lula não é diferente de Matilde Ribeiro, não. É que ele tem um pedigree que ela não tem. Mas a essência moral do que ambos fizeram é a mesma. A outra diferença é que ele demite, e ela é demitida.

Há um quê de moralismo nessa história?

Há vários quês de moral e de ética. Perto da lambança geral, com efeito, é pouco dinheiro, não é mesmo? Afinal, também os gastos do Estimado Líder estão naqueles 25% identificáveis.

Ora, se é assim com o que se sabe, imaginem como é com o que se ignora.

Essa gente não é brinquedo, não: joga alto. Lembrem-se de que a Telemar, por exemplo, investiu R$ 15 milhões na Gamecorp, a empresa de Lulinha.

Entenderam?

R$ 205 mil, pra esses caras, são dinheiro de pinga, de Black Label, de picanha argentina.

Leiam ¨Cartas Chilenas¨, de Tomás Antônio Gozanga. Como nunca, estamos sendo governados por Fanfarrão Minésio.

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