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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Grau de investimento do Brasil não é certificado de desenvolvimento, diz ¨FT¨
07/05/2008 - BBC

Em meio à euforia dos investidores, “todos precisam manter um sentido de perspectiva” sobre a elevação da nota da dívida brasileira ao grau de investimento pela agência Standard & Poor’s, segundo afirma editorial do diário britânico Financial Times nesta quarta-feira.

“Afinal de contas, as agências de classificação de risco, como a Standard & Poor’s, simplesmente avaliam a capacidade dos devedores de pagarem suas dívidas. Um grau de investimento torna a dívida do país mais atraente para grandes fundos de pensão e seguradoras. Não é um certificado de desenvolvimento”, observa o jornal.

Apesar disso, o jornal comenta que “a conquista do Brasil é notável”. “Seis anos atrás o país era amplamente visto como à beira da falência. A dívida interna, denominada em moeda local, ainda é alta. Mas a S&P acredita que isso é mais do que compensado por uma queda acentuada no endividamento externo e na administração firme da economia, baseada no desenvolvimento de instituições mais confiáveis”, diz o editorial.


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O Financial Times sugere que a elevação da nota do Brasil indica uma tendência mais ampla entre os países emergentes devedores e comenta que na última década a S&P elevou a nota de 14 governos de países emergentes para grau de investimento.

“O Brasil agora tem um status semelhante ao de Índia, Rússia e China, as três outras economias emergentes gigantes (os chamados Brics), cujo crescimento está transformando a economia mundial”, diz o editorial.

Complacência

O jornal adverte que “não há espaço para complacência na expansão do clube do grau de investimento”.

“A classificação BBB- conferida ao Brasil (assim como à Índia) é a mais baixa do grau de investimento. O critério de classificação da agência sugere que os credores deste tipo de dívida ainda podem ser atingidos por uma mudança nas circunstâncias externas, tais como uma recessão americana mais profunda do que a esperada ou uma queda acentuada nos preços das commodities”, observa o editorial.

O jornal comenta ainda que “além disso, as avaliações mudam” e relata que vários países já foram elevados ao grau de investimento e depois perderam a classificação - no caso mais recente, o Uruguai, em 2002.

“Acima de tudo, finanças sólidas são uma condição necessária, mas não suficiente, para um desenvolvimento econômico mais amplo. Países emergentes como a China e o Chile estão muito mais bem avaliados do que o Brasil, mas mesmo eles ainda precisam alcançar para seus cidadãos o nível de vida considerado como norma no mundo desenvolvido”, diz o editorial.

O Financial Times afirma que o Brasil tem o direito de se dizer “um país sério”, como afirmou na semana passada o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas adverte que “isso não poderia ser visto como uma desculpa para complacência política”.

“Assim como outros Brics, o Brasil ainda tem muito trabalho duro a fazer se quiser entrar para o grupo de países do primeiro mundo”, conclui o jornal.

“Continuidade”

A elevação da nota da dívida brasileira também é tema de um editorial publicado nesta quarta-feira pelo diário argentino La Nación, para quem ela representa “o triunfo da continuidade de políticas de Estado ao longo de sucessivos governos”.

Para o jornal, a contrapartida do caso brasileiro é a Argentina, “que se reflete em retrocessos relativos e na gravidade crítica com a qual se julga no cenário mundial”.

“Enquanto o país de Lula adquiriu o tão apreciado grau de investimento, a qualificação de nossa dívida soberana sofreu um revés: agências internacionais de classificação de risco sinalizaram com uma tendência negativa, e se o Estado argentino decidisse hoje buscar financiamento, teria que aceitar taxas de juros bastante elevadas”, observa o editorial.

Para o diário argentino, “o Brasil brinda a manifestação mais eloqüente de que a linha divisória entre esquerda e direita é uma questão do passado e que hoje os países devem resolver entre estar a favor do progresso, racional e solidário, ou ficar presos nas redes do populismo irracional”.

“Lula exibe a virtude dos estadistas capazes de superar velhos preconceitos e pode dizer, com razão, que o Brasil ‘passou a ser considerado um país sério’”, diz o jornal.

  

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