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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Com usinas, Rondônia prevê novo fluxo migratório
20/05/2008 - Agnaldo Brito - Folha de S.Paulo

Os dois megaprojetos hidrelétricos (usinas de Santo Antônio e Jirau) que serão construídos no rio Madeira (RO) devem atrair mais de 20 mil pessoas para o Estado. O novo ciclo migratório será necessário devido à impossibilidade de a mão-de-obra disponível no Estado atender à nova demanda. Segundo a Secretaria de Planejamento de Rondônia, no auge da construção das duas usinas, mais de 13 mil trabalhadores serão necessários.

¨O Grupo Odebrecht e o governo do Estado tentam formar o maior número possível de trabalhadores para Santo Antônio, mas sabemos que não será possível atender a toda a demanda sem a vinda de gente de outras regiões do país¨, explica João Carlos Ribeiro, secretário de planejamento. Neste momento, 6.000 pessoas estão em programas intensivos de formação para trabalhar na construção da usina de Santo Antônio, sob a responsabilidade do Grupo Odebrecht.

Segundo ele, não só as duas obras deverão atrair gente, mas estas servirão de vetores para para outras demandas. ¨São negócios periféricos que serão movimentados e aos quais o Estado não tem condições de atender com a mão-de-obra local apenas¨, disse Ribeiro. Há duas preocupações neste momento em Rondônia: moradia e alimentação. O déficit habitacional existente no Estado poderá aumentar.


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O abastecimento é o segundo problema já esperado pelo governo. Rondônia expandiu a produção de alimentos nos últimos anos. Hoje, o Estado tem um plantel de 12 milhões de cabeças de bovinos e um complexo de abate orientado a exportar. É ainda um grande produtor de grãos, principalmente de feijão e arroz, mas a avaliação do governo é de que será necessária a importação de produtos industrializados.

  

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