Viva a civilização: Conselho de promotores do RS pede fim do MST 24/06/2008
- Blog de Reinaldo Azevedo
Por Eduardo Scolese
O Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul aprovou relatório que pede a ¨dissolução¨ do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e já serviu de base para oito ações judiciais contra sem-terra, que incluem proibição de marchas e autorização de despejos e deslocamento de acampamentos.
¨Voto no sentido de designar uma equipe de promotores de Justiça para promover ação civil pública com vistas à dissolução do MST e a declaração de sua ilegalidade¨, afirma o promotor Gilberto Thums, em relatório obtido pela Folha e aprovado por unanimidade pelo conselho no final de 2007.
Os promotores, além de mirar na intervenção de escolas ligadas ao movimento, buscam agora um mecanismo jurídico para apresentar à Justiça o pedido de dissolução do MST. As ações atuais têm o apoio também do governo gaúcho, segundo os sem-terra.
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¨Nós conseguimos, com a ajuda da Polícia Militar, identificar todos [os militantes do MST]¨, disse o promotor Thums, que completou: ¨Quem invadir, quem depredar, quem praticar atos de vandalismo e de sabotagem vai ser preso, pois já estará identificado como integrante desse movimento. Vamos mover processo criminal contra eles¨.
Para o MST, trata-se da ofensiva jurídica mais dura de sua história. Como contra-ataque, o movimento promete denunciar a ação dos promotores em organismos internacionais, como ONU (Organização das Nações Unidas) e OEA (Organização dos Estados Americanos).
Comento
Enfim um grupo com coragem e discernimento para tentar pôr o guizo no pescoço do gato, o que não é fácil. É preciso que fique claro que o MST deixou de ser um ¨movimento social¨ há muito tempo. Suas práticas podem ser caracterizadas, sem exagero, de terroristas. Eu adoraria ver o movimento — que nem existência legal tem — a defender, na ONU e na OEA, o seu direito a destruir laboratórios de pesquisa e a incendiar plantações, tratores e caminhões como forma de construir uma sociedade mais justa...
Espero que os promotores não recuem de sua missão civilizadora e democrática.