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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Sem ouro, sem rumo, sem graça
20/08/2008 - Almir Leite - O Estado de S.Paulo

O sonho do futebol brasileiro de conquistar a medalha de ouro na Olimpíada de Pequim acabou ontem com o pior dos pesadelos: uma acachapante derrota por 3 a 0 para a Argentina, o maior dos rivais, no Estádio dos Trabalhadores. Uma queda que pode machucar os principais personagens, da seleção, que vieram à China. O técnico Dunga volta à corda bamba; Ronaldinho Gaúcho não conseguiu aproveitar sua segunda chance de ser campeão olímpico e, pior, com a atuação apagada de ontem terá novamente de conviver com a desconfiança de que se encolhe em momentos decisivos. E alguns jogadores mostraram que não têm futebol para vestir a camisa de uma seleção que se diz brasileira.

Agora, enquanto a Argentina vai lutar pelo bicampeonato olímpico sábado, no Ninho de Pássaros, contra a Nigéria, o Brasil vai ter de atravessar a China para ir a Xanghai disputar o bronze contra a Bélgica na sexta-feira. Foi o que sobrou.

Dunga pode pagar caro por sua proposta de futebol pragmático, defensivo, sem brilho. Ele já estava em situação delicada antes da Olimpíada, por causa das fracas atuações das seleções principais nas Eliminatórias contra Paraguai e a própria Argentina - e da derrota em amistoso para a Venezuela -, ganhou um pouco de paz, mas está novamente na berlinda.


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Ganha sobrevida por causa dos jogos contra Chile, dia 7 de setembro em Santiago, e Bolívia, dia 10, no Engenhão, no Rio - faz a convocação amanhã para os dois confrontos.

O técnico fala em seguir em frente. ¨Vamos dar seqüência ao trabalho??, disse. Mas admite: ¨A derrota aumenta a pressão??. Dunga tem razão. Um tropeço na capital chilena pode representar o fim de seu trabalho, mesmo que depois o Brasil massacre a insignificante seleção da Bolívia. É que o massacre de que o time de Dunga foi vítima ontem reabriu feridas.

Maradona, que assistiu ao jogo das tribunas do Estádio dos Trabalhadores, resumiu de modo perfeito o que foi a seleção brasileira. ¨Faz tempo que não vejo um Brasil tão pequeno e defensivo??, analisou. ¨A Argentina foi superior em cada metro do campo??, disse o ex-craque argentino.

Esse foi o maior pecado da equipe. Jogar recuada, com medo. Contra os adversários pouco expressivos que havia enfrentado até então, a valorização da posse de bola a partir do campo de defesa e o jogo lento e pouco ousado deram para o gasto. Mas diante de um adversário de nível técnico elevado, o esquema sucumbiu.

De nada adiantou Lucas ficar colado em Riquelme e Anderson em Messi. Nem o Brasil jogar retraído. A Argentina foi a senhora do jogo. No primeiro tempo, até que a seleção equilibrou em alguns momentos; na etapa final, não teve nem graça.

Os gols de Aguero, o primeiro de peito e o segundo com um leve toque concluindo uma jogada que começou com Messi levando a bola de um lado a outro da área brasileira sem ser importunado, desmontaram o esquema defensivo que não levava gols. O Brasil acertou a trave argentina duas vezes, é verdade. Mas já estava ?entregue?. E o gol de pênalti, existente, de Riquelme, apenas deu ao placar a diferença justa e merecida a favor dos argentinos.

Outra diferença. Messi teve atuação de gala, assumiu a responsabilidade e comandou a Argentina. Está certo: teve ajuda de Riquelme, Gago, Mascherano, Aguero, mas fez a sua parte. Ronaldinho teve ajuda tão eficiente, mas não fez a sua parte. Alguns bons lances e conclusões de bola parada. Só. Pouco para quem era a maior estrela do futebol olímpico e uma das maiores dos próprios Jogos em um momento de decisão.

Ronaldinho, no entanto, tem crédito. Algo que jogadores como Rafinha, que passou a partida inteira desperdiçando bons lances, e Alex Silva, um simples rebatedor, não têm. E que Dunga talvez esteja perdendo rapidamente.

  

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