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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Fila para tratores
09/09/2008 - O Estado de S. Paulo

As indústrias de equipamentos agrícolas intensificaram o ritmo de produção e vêm alcançando resultados notáveis. Nos sete primeiros meses deste ano as vendas internas de máquinas agrícolas em geral aumentaram mais de 50% na comparação com o mesmo período do ano passado e as de colheitadeiras, em particular, mais do que duplicaram. Mas nem assim a produção doméstica - à qual se somam as importações, que crescem em ritmo acelerado - consegue atender a uma demanda muito aquecida. Agricultores interessados em comprar tratores enfrentam uma situação parecida com a de 2004, quando houve um grande aumento na produção de soja: têm de se inscrever numa lista de espera e aguardar até três meses para receber o equipamento.

Estimulados pelos bons preços que seus produtos alcançaram no mercado internacional, os agricultores estão dispostos a plantar mais e a investir no aumento da produtividade. Ao otimismo dos produtores soma-se a oferta de crédito facilitado, inclusive para pequenos produtores, para a aquisição de máquinas agrícolas. O resultado é o grande número de pedidos que chegam aos revendedores de tratores, o que tem levado à formação de listas de espera como as que existem para a compra dos modelos de automóveis mais procurados.

O resultado mais evidente do otimismo no campo está nas previsões do IBGE para a próxima safra de grãos. A previsão mais recente é a de que a safra 2008 de grãos alcançará 145 milhões de toneladas, um recorde. Aos fatores citados acima para estimular a produção (preços e investimentos), soma-se o clima favorável.


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A safra anterior já tinha sido muito boa. Por isso, muitos produtores agora compram máquinas novas, sem precisar se desfazer dos equipamentos antigos. De janeiro a julho, foram vendidos mais de 24 mil tratores (com predominância quase absoluta dos tratores de rodas), 46% mais do que as vendas do ano passado. Alguns revendedores do Sul do País acreditam que, em 2008, as vendas superarão o recorde de 2004, quando foram comercializados 28,6 mil tratores.

Quanto às colheitadeiras, embora o aumento das vendas neste ano seja impressionante - de janeiro a julho foram vendidas 2.403 unidades no País, 130% mais do que nos sete primeiros meses de 2007 - e esteja sendo previsto novo aquecimento da demanda, é pouco provável que seja superado o total vendido em 2004, de 5,59 mil unidades.

Desde o início do ano se observa em algumas regiões de São Paulo uma disputa, entre os agricultores, por profissionais especializados, como tratoristas e operadores de máquinas agrícolas. Com a falta deles, algumas fazendas vêm promovendo cursos de treinamento e especialização para seus empregados. Para os que apresentam desempenho melhor, os empregadores oferecem salários mais altos. Este cenário deve manter-se nos próximos meses.

Para os pequenos e médios agricultores, o fator decisivo para a compra de tratores é a oferta de crédito mais barato pelo governo, que em julho lançou um programa de financiamento de tratores, máquinas e implementos agrícolas com até 17,5% de desconto e a juros de 2% ao ano. O programa dá preferência aos tratores de 55 a 75 cavalos, razão pela qual os fabricantes adaptaram sua linha de produção para concentra-la nesses modelos.

Para esse programa, o governo destinou R$ 6 bilhões. A meta oficial é financiar, até 2010, a compra de 60 mil tratores - o que significa aumentar em 8 mil unidades a venda anual de tratores de rodas, que predominam no mercado - e 300 mil implementos agrícolas.

Uma das dificuldades que muitos agricultores potencialmente aptos a se beneficiar desse programa enfrentam é a comprovação da titularidade da terra que cultivam, pois não dispõem da documentação e a terra é a garantia real do bem financiado. Mesmo assim, as vendas de tratores de roda estão muito aquecidas e devem crescer ainda mais, pois a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê que o programa do governo terá impacto maior no mercado a partir deste mês.

  

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