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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Deputados do Brasil não podem ver embaixada do...Brasil
01/10/2009 - Blog de Josias de Souza - Folha Online

Os deputados brasileiros que estão em Honduras devem se reunir com representante do governo golpista de Roberto Micheletti.

A administração Micheletti, por golpista, não é reconhecida pelo Itamaraty. As relações do Brasil com Honduras estão suspensas.

A despeito disso, os deputados receberam uma consulta da embaixada de Honduras em Brasília. E toparam conversar.


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No momento, tenta-se agendar um encontro da missão de deputados brasileiros com o chanceler hondurenho, Enrique Ortez.

Os deputados cumprem em Honduras uma agenda organizada e consentida pelo governo Micheletti.

Abriram o dia com uma visita à Suprema Corte de Honduras. Reuniram-se com todos os magistrados. Presente inclusive o presidente, Jorge Rivera.

Um dos juízes queixou-se, em timbre acerbo, da forma como o presidente deposta Manuel Zelaya foi admitido na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

Disse que o Brasil deveria ter concedido asilo a Zelaya. Ao mantê-lo como apenas como hóspede, etaria violando o Direito Internacional.

Citou uma convenção interamericana celebrada na capital Venezuelana, Caracas, em 1954. Houve certo desconforto.

E disse que, sob o manto da proteção diplomática fluida que o Brasil lhe assegurou, Zelaya instiga a violência em Honduras.

Os deputados responderam que, até onde sabem, não houve participação do Brasil na operação que resultou no retorno de Zelaya a Honduras.

Disseram que, guiando-se por sua tradição humanitária, o Brasil não poderia ter fechado as portas de sua embaixada para Zelaya.

E afirmaram que o chanceler Celso Amorim e o próprio Lula, em telefonemas a Zelaya, desaprovaram o uso político da embaixada.

Lero vai, lero vem, os deputados levaram à mesa as ameaças feitas pelo governo golpista contra a representação diplomática do Brasil em Tecucigalpa.

Rivera, o presidente da Suprema Corte, interveio. Segundo relato feito pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE) ao blog, o magistrado soou peremptório.

Disse que a embaixada do Brasil não será invadida. “Quero deixar claro que não aceitaremos a violação”, disse Rivera, segundo Jungmann.

Dali, os deputados foram ao encontro de Custodio Ramon, presidente da Comissão de Direitos Humanos de Honduras.

Trata-se de órgão de Estado. Seu titular tem o nome aprovado pelo Congresso e dispõe de mandato de seis anos.

Custodio Ramon repetiu aos deputados críticas semelhantes às que haviam sido pronunciadas na Suprema Corte.

Disse que, se a crise de Honduras descambar para a guerra civil, irá às cortes internacionais para denunciar o Brasil e Lula como “responsáveis”.

Em contrapartida, afirmou que desaprova o estado de sítio que Roberto Micheletti impôs ao país. E desaprovou as ameaças à embaixada do Brasil.

Os deputados inquiriram o mandachuva dos direitos humanos sobre o fato de Zelaya ter sido preso, de pijamas, e deportado de Honduras. “Foi um erro”, disse Custodio Ramon.

Depois, a missão da Câmara encontrou-se, no hotel, com cerca de 15 brasileiros que residem em Honduras. Todos soaram, em uníssono, contra Zelaya.

Um dos presentes chegou mesmo a dizer que se sentia protegido pelo estado de sítio. Os deputados levaram o pé atrás.

O grupo de brasileiros, arregimentado pelo governo golpista, poderia expressar uma opinião enviesada. Os parlamentares serviram-se, então, de uma segunda opinião.

Ouviram jornalistas brasileios que fazem a cobertura da crise em Tegucigalpa. Confirmaram que a grossa maioria da comunidade brasileira é mesmo anti-Zelaya.

Ainda nesta quinta, os deputados irão à embaixada do Brasil. A visita, inicialmente desautorizada, foi, afinal, consentida pelo gabinete de Micheletti.

Deu-se o seguinte: a diplomacia hondurenha tentava negociar com o Itamaraty o ingresso dos deputados à embaixada. Porém...

Porém, o Itamaraty não reconhece o governo de Micheletti. E recusou-se a estabelecer qualquer tipo de entendimento.

Diante do impasse, acertou-se o seguinte: as tropas que cercam a embaixada abrirão passagem para os deputados. E eles baterão às portas da embaixada. Simples assim.

Além de Jungmann, estão em Honduras : Maurício Rands (PT-PE), Claudio Cajado (DEM-BA), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Ivan Valente (PSOL-SP) e Bruno Araújo (PSDB-PE).

  

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