capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 12/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.897.318 pageviews  

O Outro Lado Porque tudo tem dois, menos a esfera.

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Jeito "carinhoso" do Brasil é obstáculo para estar entre os grandes, diz jornal
20/04/2010 - BBC

Um artigo publicado nesta terça-feira pelo jornal britânico "Financial Times" afirma que o jeito "carinhoso" do Brasil é um obstáculo para que o país consiga um lugar entre as grandes potências no cenário internacional.

O texto assinado pelo jornalista John Paul Rathbone afirma que, após a crise financeira global, o Brasil "tornou-se importante na comédia das nações, quase sem ninguém perceber".

Há seis anos, o Brasil participava apenas pela primeira vez como convidado de uma reunião do G8, grupo que reúne as maiores economias industrializadas do planeta, e tinha mil diplomatas espalhados pelo mundo. Hoje, segundo o jornal, o Brasil tem 1.400 diplomatas e sua voz, ao lado da Turquia e China, é importante em questões internacionais, como as sanções nucleares ao Irã.


PUBLICIDADE


Política de "arco-íris"

No entanto, segundo o texto, "a política de arco-íris do Brasil pode estar atingindo o seu limite e poderia até colocar em risco a vaga permanente no Conselho de Segurança que o país cobiça".

"Gafes recentes mudaram a imagem açucarada do Brasil e do seu presidente também", afirma o "Financial Times".

Entre os episódios citados pelo jornal estão a crítica feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à greve de fome ativista cubano Orlando Zapata e os comentários do presidente sobre protestos da oposição após as eleições no Irã --quando Lula disse que as manifestações eram "choro de perdedores".

O jornal também destaca o fato de que o Brasil condenou a instalação de bases militares americanas na Colômbia, mas ignorou a compra de armas russas feita pela Venezuela ou o suposto apoio do governo de Caracas às milícias das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

"Para os críticos, essa é uma política externa irritante -- narcisista e ingênua. Mas como todos os países poderosos, o Brasil está perseguindo o que acredita que sejam seus interesses. Se ele está fazendo isso bem é outro assunto", diz o texto.

Para o jornal, o Brasil tem diplomatas de competência reconhecida, sobretudo na área comercial, mas o país não tem institutos de pesquisa capazes de abastecê-los com informações sobre o mundo, como Moscou e Washington, o que levaria o país a cometer "erros" e não se acostumar "aos holofotes da opinião internacional".

"Isso custou pouco ao Brasil até agora", diz o "Financial Times". "Ainda assim, muitos sentem que se o Brasil vai se sentar na principal mesa, ele terá de tomar decisões difíceis", afirma o jornal, citando a posição do país sobre propriedade intelectual na Rodada Doha.

Outro desafio do Brasil, segundo o artigo, acontecerá após as eleições, quando o país perderá o "charme de Lula". "A imagem do império carinhoso pode não durar mais", conclui o texto.

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de Luiz Mário Rocha da Silva (lumarosi_cba81@globo.com.br)
Em 20/04/2010, 15h42
Autoafirmação e Independencia
Há uma visão caolha do estrangeiro sobre a cordialidade e a polidez nata do Brasil no que diz respeito às questões internacionais. Quando o jornalista inglês diz que o presidente Lula errou em criticar os ativistas cubanos, ou quando diz não às sanções contra o Irã, desconsidera que o Brasil tem o seu próprio modo de ver e pensar o que deve ser as relações internacionais e que está não é, nem de perto, o que pensa e quer Estados Unidos e Inglaterra. As "trombadas" da diploamacia brasileira contra americanos e ingleses e seus seguidores tem um propósito claro: autoafirmação da nossa soberania e independencia. O Brasil tem deixado claro para os chamados "paises desenvolvidos" que não aceita mais ser tele-guiado, tem seu proprio projeto de Nação e sabe onde quer chegar. Isso incomoda. Mas, e daí? Impérios já cairam no passado e vao continuar caindo. Impérios surgiram de pequenas nações e até de pequenas tribos que souberam se impor ao resto do mundo. E isso vai continuar acontecendo até o fim dos tempos. O Brasil está escolhendo seu próprio caminho. Os incomodados que se afastem e saiam da frente. Senão, serão atropelados. E nao será por falta de aviso.

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques