25 de agosto, data que se remonta ao nascimento de um bravo soldado, Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias. Os seus feitos, a sua dedicação às armas e ao país, tornaram-no patrono do Exército brasileiro. Não se poderia deixar esta data passar em branco, senão com um grande pesar, uma profunda dor no coração.

Olhar-se a figura majestosa de um militar do porte de Luís Alves de Lima e Silva, é sofrer profundamente, é sentir uma imensa mágoa.

Nenhuma Ordem do Dia que seja publicada neste dia, irá cair profundo em nossas mentes e corações. Falta legitimidade de quem o fizer.


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O Exército neste momento trágico de sua história está sem comando.

Comandar é liderar, é transmitir respeito e admiração. Qual chefe militar teria hoje condições de alcançar a consciência de seus subordinados, quando lhe falta postura ética e moral para o fazer; quando lhe falta exemplos de determinação e coragem?

Falta de atitude, ser omisso, ter fraqueza de carater, têm marcado o comportamento da maioria dos nossos chefes militares. A bajulação é o somatório de todos estes sinais de faltas de hombridade, brio e pundonor militar. Olhar para a figura de Luís Alves de Lima e Silva, é ter a certeza que não somos no presente mais aquela instituição que décadas atrás nos encheram o peito de orgulho.

Como me aprazia dizer em alto e bom som:

¨Eu sou um soldado do Exército brasileiro!¨ Os meus superiores hierárquicos me inspiravam confiança. Eu os respeitavam, sem os temer. Cumpria ordens sabendo que era meu dever obedecer, tanto quanto mandar. Era comandado e comandava. Nenhum de nós militares questionava uma ordem. Nada era imposto de maneira arbitrária.

Tudo era colocado de forma sensata e responsável. Mas os tempos mudaram. Mudaram os valores. Manda quem não está habilitado a mandar; e o faz pela imposição do cargo. E quanto mais incapacitado se está para o comando, mais atropela e impõe ordens absurdas.

Esse dueto cria instabilidade na cadeia de comando e enfraquece a instituição. Humilha-se o homem. O homem humilhado perde o senso da auto estima. Enfraquece o seu moral e passa a agir como um autómato que obedece sem noção do que está fazendo. Isto configura-se como a Síndrome de Estocolmo.

Qual o soldado que respeita o seu superior, se o vê sendo derespeitado por um comando mais acima! Esta esdrúxula situação começou com a criação de um Ministério da Defesa, mais acentuadamente com a presença de um ministro megalomaníaco que se acha o todo poderoso, sabedor de todas as coisas; mas que de nada sabe, senão fazer-se lembrado como um estelionatário que envergonhou o Congressio Nacional na sua passagem de constituinte em 1988, senão fazer-se lembrado pela sua conduta reprovável de presidente do Supremo Tribunal Federal, chegando a ser censurado por uma associação de magistrados do Rio Grande do Sul.

Este ministro que mancha a farda do Exército brasileiro ao tavestir-se de general, peca em todos os sentidos como comandante da instituição militar; pois ao invés de comandar, desafia -- e o fez por duas vezes --, os membros do mais alto colegiado de generais do Exército, o Alto Comando do Exército. Obedecer a um impostor, é demonstrar fraqueza de caráter e inaptidão para o exercício de comandante do Exército.

Assim vejo o general de Exército Enzo Martins Peri, um homem fraco, sem atitude, que se permite ser chamado pelo presidente da república de ¨bando¨, que escuta do mesmo cidadão elogios a comunistas que atuaram contra os militares, e ainda diz publicamente que a sua candidata à presidência da república é uma heroína por ter sofrido torturas de militares durante o seu confinamento como presa por atos terroristas.

Que admite calado todas as ofensas às Forças Armadas partidas do senhor Paulo Vannuchi, o qual chegou ao ponto de ameaçar chamar os oficiais do Alto Comando do Exército de covardes. Vamos ter que esperar mais quinhentos anos para vivenciar a presença de um novo iluminado, como o foi o patrono do Exército brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias.

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*José Geraldo Pimentel - Cap Ref EB -- http://www.jgpimentel.com.br

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