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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

O custo dos dólares
13/09/2010 - O Estado de S.Paulo

Por causa de seu rápido crescimento, que contrasta com o desempenho frustrante das economias mais ricas, os países emergentes, entre os quais o Brasil ocupa posição destacada, estão recebendo e continuarão a receber grande fluxo de capitais. Relatórios que acabam de ser divulgados pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) e pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) mostram a preferência de investidores e instituições financeiras internacionais pelos países que estão crescendo mais depressa, o que aumentará cada vez mais o fluxo de capitais para eles.

Não é, porém, uma preferência sem custos e sem riscos para os países escolhidos, como mostra bem o caso do Brasil.

Enquanto nos Estados Unidos são crescentes os sinais de debilidade da economia e na Europa persistem as preocupações com relação ao desempenho econômico, é forte e contínuo o crescimento da China, embora em ritmo mais moderado, assim como o de outras economias asiáticas e o de alguns países da América Latina. Por essa razão, os investidores internacionais e as principais instituições financeiras continuam preferindo destinar recursos aos países emergentes.


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A exposição dos bancos estrangeiros no Brasil aumentou 51% entre março de 2009 e março de 2010, segundo o boletim trimestral do BIS. Os empréstimos internacionais concedidos ao Brasil no primeiro trimestre alcançaram US$ 18,7 bilhões, valor 11,3% maior do que o registrado no trimestre anterior e, entre todos os países analisados, inferior apenas ao recorde de empréstimos recebidos pela China, de US$ 42,1 bilhões.

Mas não é só capital financeiro - empréstimos e aplicações em títulos e ações - que entra em grande volume no País. Chegam também investimentos diretos estrangeiros, aplicados na produção. O Brasil se tornou o terceiro destino preferido pelas multinacionais que planejam investir em 2011, de acordo com dados da Unctad, que todo ano realiza pesquisa sobre o destino dos investimentos internacionais. Na mais recente, o Brasil superou, pela primeira vez, os Estados Unidos na preferência das empresas transnacionais. Dos cinco países preferidos para os investimentos dessas empresas no próximo ano, quatro são os que formam o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

A entrada de capitais nessa proporção é auspiciosa, mas pode gerar dificuldades. Apesar da preferência das grandes empresas transnacionais pelo Brasil, a entrada de investimentos diretos estrangeiros no País não tem sido suficiente para evitar o aumento do déficit em conta corrente, ou seja, a deterioração das contas externas.

A disposição dos bancos internacionais de continuar dirigindo boa parte dos recursos para os países emergentes indica que, ao menos a curto prazo, não haverá problemas para o financiamento desse déficit.

É necessário, no entanto, observar que essa forma de financiamento, por meio de capitais que podem deixar o País a qualquer hora, se o quadro internacional se modificar bruscamente, gera alguma incerteza na área cambial. Além disso, o fluxo contínuo, e crescente, de capitais força a desvalorização do dólar em relação à moeda local.

Dos principais países emergentes, o Brasil é o que registra a valorização mais forte de sua moeda em relação ao dólar. Entre janeiro de 2009 - quando a crise financeira internacional começou a atingir mais duramente esses países - e março deste ano, a rupia (moeda da Índia) se valorizou 12,7% na comparação com o dólar e o yuan (moeda da China), fortemente controlado pelo governo, se desvalorizou 2,5%. Nesse período, o real se valorizou 33,6%.

Há tempos o BIS, considerado o banco central dos bancos centrais de um grupo formado por dezenas de países, entre eles o Brasil, vem alertando para as consequências da entrada de capitais externos nos países que, para se proteger da crise, tornaram mais rigorosas suas políticas monetárias, por meio da alta dos juros internos. Advertência que foi repetida em seu último relatório: "Com a taxa de juros mais elevada, o fluxo de capital aumentou e as moedas (locais) se valorizaram."

  

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