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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Redução da taxa de juros não significa crescimento
08/11/2011 - O Estado de S.Paulo

O governo teria encontrado a chave do tesouro com a redução da taxa de juro? Hoje, com 4,5% ao ano em termos reais, é a menor taxa desde o Plano Real, de 1994. A presidente Dilma Rousseff, que conseguiu quebrar a autonomia operacional do Banco Central, pretende continuar a reduzir a taxa real básica, para enfrentar em melhores condições a concorrência e a crise internacional.

Mas é preciso um reparo, quando se fala em taxa de juros real, pois não nos podemos esquecer do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja taxa de juros de longo prazo tem duas características: é negativa, por ser inferior à inflação, e é inferior também à taxa de captação do Tesouro Nacional, que toma recursos no mercado internacional para transferi-los ao BNDES.

Isso dito, convém examinar se uma redução da taxa de juros básica promove crescimento econômico. Um fato evidente é que o primeiro a tirar vantagem dessa redução é o próprio Tesouro, que tem 31% do estoque da dívida interna em papel remunerado pela Selic, o que explica em grande parte o peso dos juros pagos nos gastos públicos. Sem falar que uma parte não desprezível da dívida pública decorre do fato de que, não tendo um superávit primário suficiente, o Tesouro emite papéis para pagar os juros que, desse modo, aumentam a dívida. E o governo sem dúvida poderia ter eliminado essas emissões, que mantém para poder atrair mais investidores.


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Os consumidores, acostumados a pagar juros muito elevados, também reagem rapidamente a uma queda da taxa de juros, mesmo mínima, e aumentam seus gastos familiares - mais ainda diante de uma perspectiva de aumento dos salários das grandes categorias, à qual se acrescenta a receita imediata do 13.º salário. Por isso, o comércio está anunciando a contratação de 160 mil trabalhadores provisórios para o período de Natal.

O que não se sabe é se a indústria poderá responder a esse aumento da demanda doméstica, depois de se ter habituado a recorrer à importação. Neste final do ano, a indústria nacional está com estoques anormalmente elevados - 40 dias de consumo, no caso de veículos que foram produzidos com uma taxa cambial mais elevada que a atual. De uma maneira geral, a indústria não vai ter de aumentar muito suas necessidades de crédito, já que dispõe de mercadorias em estoque para oferecer e já que se fala em nova redução da taxa básica. Na verdade, só uma redução da carga tributária justificaria a diminuição do custo do dinheiro, o que estimularia a produção da indústria nacional.

  

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