capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 23/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.914.623 pageviews  

Críticas Construtivas Se todo governante quer, por quê não?!!!

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Guerra às doenças tropicais
06/02/2012 - O Estado de S.Paulo

Embora as doenças tropicais aflijam cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, elas são geralmente chamadas pelos especialistas de "doenças esquecidas". E, seja por deficiência dos serviços de saúde pública, seja pela falta de pesquisa de novos remédios pelos principais centros médico-científicos e pelas indústrias farmacêuticas, não recebem os cuidados e a atenção devida. Na verdade, são as populações pobres que têm sido esquecidas, como disse Caroline Anstey, do Banco Mundial (Bird). Há anos a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os governos de vários países procuram amenizar o problema, mas não há meta definida de erradicação desses males. Isso pode começar a mudar com a destinação de US$ 785 bilhões para a erradicação de dez doenças tropicais, como a hanseníase, a malária, a doença de Chagas, a esquistossomose e a dengue, até 2020. Metade dos recursos virá da Fundação Bill & Melinda Gates, em parceria com o Bird, a OMC e os governos dos EUA, Grã-Bretanha e Emirados Árabes Unidos, como foi há pouco anunciado em Londres. Como assinalou a OMC não se trata apenas de uma questão humanitária. Essas doenças causam perdas bilionárias de produtividade.

Sem desmerecer a importância de doações filantrópicas, há uma forte motivação econômica nessa iniciativa, que pode vir a ser a maior na área de saúde pública, em termos globais, até agora. Com a expansão das economias dos países em desenvolvimento nos últimos anos, houve um aumento apreciável do poder aquisitivo das populações das regiões tropicais, fortalecendo mercados antes de pouca importância no comércio internacional. Os 13 maiores laboratórios farmacêuticos do mundo, que se engajaram na campanha, têm pleno conhecimento disso e não ignoram que, além de vender novos medicamentos que vierem a ser desenvolvidos, terão também de subsidiar ou doar milhões de doses, uma vez que, se o objetivo é a erradicação de endemias, o esforço não pode ficar limitado pela baixa renda de boa parte dos povos que vivem em países tropicais.

Até agora as grandes indústrias farmacêuticas mundiais não vinham dando a importância devida à pesquisa e desenvolvimento de remédios para tratamento de doenças comuns nos trópicos, concentrando-se na produção de medicamentos destinados ao mundo desenvolvido ou às camadas de maior renda dos países emergentes. A introdução de novos tratamentos ficava, em grande parte, a cargo dos institutos de pesquisas dos países tropicais - e o Brasil obteve avanços significativos nessa direção - ou de instituições públicas de países que foram, no passado, grandes impérios coloniais, como a Grã-Bretanha e a França. O ingresso de laboratórios internacionais na campanha deve dar grande impulso à pesquisa nessa área. A Bayer se comprometeu, por exemplo, com um projeto para tratamento e possível cura da doença de Chagas, que mata 10 mil pessoas por ano na América do Sul.


PUBLICIDADE


O secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, que esteve na reunião de Londres em que foi lançado esse programa, considera possível a erradicação e o controle das doenças tropicais mais virulentas. O Ministério está atualmente empenhado no combate a três doenças que afetam milhares de brasileiros, mas que vinham merecendo menos atenção das autoridades: o tracoma (infecção bacteriana nos olhos), a helmintíase (transmitida por alimentos contaminados) e a esquistossomose (transmitida por caramujos).

É lógico que, para que essa campanha tenha êxito, não basta medicar, mas é necessário também prevenir. Pode haver, no futuro, vacinas contra aquelas doenças, assim como contra a dengue. Mas essas doenças, como advertem as autoridades sanitárias, podem ser evitadas e controladas com maior vigilância por parte da população para coibir a proliferação dos seus vetores.

É também fundamental que se expandam os serviços de tratamento de água e as redes de esgoto, que ainda são precários no Brasil. Se o clima tropical favorece o surgimento dessas doenças, elas se tornam muito mais facilmente transmissíveis na ausência de condições mínimas de higiene e saneamento.

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques