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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Na Ata do Copom, a meta é clara, mas sem justificativa
16/03/2012 - O Estado de S.Paulo

A Ata da 165.ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) não poderia ser mais clara sobre o rumo da taxa de juro básica (Selic). Existe elevada probabilidade de que ela se desloque para pouco acima dos mínimos históricos e se estabilize nesse nível. Como o mínimo histórico é de 8,75%, pode-se calcular em 9% a taxa buscada pelo Copom.

Nesse sentido, como diz o ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman, a instituição abandonou a meta de inflação para ter uma meta de taxa de juros.

A ata tinha o objetivo de justificar essa decisão inédita. Mas cumpre notar que ela contradiz a meta anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que recentemente dizia que a Selic tenderia a ser a Taxa de Juros de Longo Prazo, que é de 6%.


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A explicação dada pela ata não é tão clara, em vista das contradições incluídas no texto e de algumas afirmações que não convencem.

Ao contrário da ata anterior, o texto retira a menção à continuidade da deterioração do cenário externo e, partindo da afirmação de que o processo de recuperação das economias maduras se prolongará por um período mais longo do que previsto, diz que o Brasil poderá sofrer com a desalavancagem que está ocorrendo nesses países. Isso nos leva a estranhar que a ata se refira depois a uma moderação do fluxo dos investimentos externos e a condições de crédito mais restritivas.

As autoridades monetárias acreditam que a atividade doméstica continuará a ser favorecida pelas transferências públicas. No entanto, não deveriam contar com isso, no quadro de uma gerência austera das despesas públicas e da firme vontade de atingir o superávit primário de R$ 139 bilhões.

A ata alerta, ainda, para o fato de que a estreita ociosidade do mercado de trabalho (e sobre isso as últimas estatísticas se mostram muito frágeis) favorece uma alta de salários sem melhora da produtividade, que poderia aumentar a demanda. Mas considera decrescentes os riscos derivados da persistente diferença entre as taxas de crescimento da oferta e da demanda (contradizendo as estatísticas recentes). Depois de falar de uma demanda modesta, ela volta a se referir a uma demanda robusta, decorrente do crescimento da renda e da expansão de crédito, que em outro ponto deseja que cresça.

Mas o maior argumento da ata é de que, graças ao recuo da taxa de juros e da taxa neutra e a mudanças na estrutura dos mercados financeiros, a inflação está se reduzindo. A meta, pois, é realmente a taxa de juros.

  

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