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O Outro Lado Porque tudo tem dois, menos a esfera.

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Sim, temos medo!
05/04/2012 - Wagner Vilaron - O Estado de S.Paulo

Participei de um almoço curioso e revelador nesta semana. De um lado, dois dirigentes do Palmeiras. Do outro, um representante do Corinthians. Não vou expor os nomes, mesmo porque as histórias que contarei aqui - o que realmente importa - não dizem respeito apenas aos meus interlocutores, mas a todos aqueles que ocupam algum cargo de relevância nos clubes de futebol.

Não demorou para que o comportamento das torcidas uniformizadas tomasse conta do papo. Os três mostraram-se contrários, muitas vezes indignados, com a maneira como estas facções agem. Então fiz a pergunta mais óbvia: se todos discordam e lamentam o fato de as mortes serem recorrentes, por que ninguém faz nada?

"Nós (dirigentes) temos medo. Todos têm medo. Se você bate de frente com essa gente (facções organizadas) eles não medem esforços para te intimidar. E todos aqui têm família. Agora te pergunto: quem tem coragem para encarar essa briga. (As autoridades) Vão colocar proteção para você durante um tempo, depois esquecem. Veja os juízes de Direito que, vira e mexe, são mortos", foi o primeiro argumento usado. Confesso, tive dificuldade em discordar.


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Na sequência até que fiquei orgulhoso. Ouvi deles exatamente o que escrevi aqui na semana passada. "Estamos diante de um problema de segurança pública. É preciso que o Estado assuma essa causa. Os clubes e as federações podem até ajudar, mas a solução passa necessariamente pelo envolvimento do poder público."

Outro tema surgiu de maneira espontânea e me pegou de surpresa. A cartolagem teme também que os clubes sejam dirigidos por rivais. "Como assim?", indaguei. "Muito simples. De 30% a 40% dos sócios não são torcedores do time. Associam-se por uma comodidade, pois moram perto do clube. E se você analisar que apenas os sócios têm direito a voto, não seria de estranhar que logo, logo possamos ter um corintiano dirigindo o Palmeiras ou um são-paulino à frente do Corinthians." Ok, possível é, mas cá entre nós, muito improvável.

De qualquer forma, vale a reflexão: é um absurdo o presidente de um clube com milhões de torcedores ser escolhido por um colégio eleitoral de 5 mil, 6 mil votos. A representatividade do eleito é quase zero. Está mais do que na hora de sócios-torcedores terem o direito de votar, como é feito no Internacional de Porto Alegre.

  

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