capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 12/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.897.138 pageviews  

O Outro Lado Porque tudo tem dois, menos a esfera.

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

A contradição entre dados do Caged e do desemprego
18/04/2012 - O Estado de S.Paulo

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), relativos ao emprego no Brasil, levantam a questão: como se pode explicar que uma taxa de desemprego tão baixa no geral (5,7% em fevereiro) conviva com saldos negativos da criação de empregos, especialmente na indústria e na agricultura, respectivamente, de 5.048 e de 17.084 vagas?

Sabemos que existe uma grande diferença entre os dados do Caged, relativos aos empregos com carteira assinada, e os do desemprego, elaborados pelo IBGE, que leva em conta todos os assalariados, mas apenas em seis regiões do País e que representam 22,5 milhões de pessoas ocupadas, ante 38,2 milhões nos dados do Caged.

O que nos parece importante nos dados divulgados pelo Caged é a curva do saldo líquido de postos de trabalho criados no País, levando em conta uma média móvel trimestral que é totalmente oposta à do desemprego do IBGE.


PUBLICIDADE


Particularmente interessante é o caso da indústria, que está em crise, mas não com uma queda violenta da sua mão de obra ocupada. Podemos nos referir aos dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mais completos que os do IBGE para fevereiro. Para um faturamento que diminuiu 3,3% em valor real, em relação a fevereiro de 2011, as horas trabalhadas diminuíram 1,4%, mas o emprego cresceu 0,4% e a massa salarial aumentou, em valor real, de 6,2%.

Essa evolução aparentemente paradoxal pode ser explicada por uma redução da população economicamente ativa e uma diminuição do pessoal com carteira assinada. Pode-se considerar também que as empresas hesitam em mandar embora seus empregados por causa do alto custo da exoneração. É preciso levar em conta, ainda, a dificuldade atual de encontrar mão de obra especializada, fazendo as empresas "segurarem" os bons funcionários. Temos, porém, de levantar uma hipótese importante: será que, diante da má qualidade do ensino fundamental, que parece cair cada vez mais, a mão de obra não especializada tem hoje uma produtividade bem inferior à do passado? E isso não obrigaria as empresas a terem mais pessoal para produzir menos do que anteriormente?

O Caged traz uma informação importante quando aponta um saldo negativo no setor agrícola. Pode ser um problema sazonal ou um aumento da mecanização.

A deterioração nos saldos de empregos na indústria e na agricultura está sendo compensada pelo aumento dos empregos na construção civil e nos serviços: dois setores em que o salário mínimo pesa mais, o que aumenta os preços nessas atividades.

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques