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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Brasil dá presente eleitoral a Chávez
02/08/2012 - Sérgio Malbergier - Folha de S.Paulo

Logo depois da cerimônia de entrada da Venezuela no Mercosul, terça-feira em Brasília, o presidente Hugo Chávez voltou correndo para Caracas e chamou uma coletiva de imprensa para trombetear seu grande feito.

O detalhe é que Chávez está em plena batalha eleitoral, e a entrada da Venezuela no Mercosul tornou-se enorme trunfo da sua campanha.

Outro detalhe é que a campanha de Chávez é conduzida pelo marqueteiro petista João Santana, que fez a campanha de Dilma e agora espalha o softpower brasileiro pelo continente via aliados regionais do lulo-petismo.


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Chávez quebrou o protocolo e a programação em Brasília ao insistir em subir a rampa do Planalto com seus colegas: prova de prestígio e de que está bem de saúde. E uma grande imagem para o marketing de Santana.

A dúvida, ainda não esclarecida publicamente, é quem teve a engenhosa ideia de usar o impeachment relâmpago (mas constitucional) do então presidente paraguaio Fernando Lugo para permitir a entrada de Caracas no bloco mesmo sem a aprovação unânime de seus membros, como manda a norma.

Como o Parlamento paraguaio resistia em aprovar a entrada da Venezuela, Argentina, Uruguai e Brasil decidiram suspender o Paraguai por déficit democrático usando como pretexto o impeachment (constitucional) de Lugo. Tudo sob forte pressão e liderança de Dilma, revelou depois o constrangido presidente do Uruguai, Jose Mujica.

Enquanto Chávez e Dilma comemoram, o Paraguai está revoltado. Ameaça deixar o bloco (improvável) e pode intensificar os laços com os EUA (provável).

A entrada do país de Chávez no Mercosul deve ter outras consequências. Embora seja primordialmente um bloco econômico, o Mercosul será usado como palanque político pelo venezuelano, uma base regional confortável para atacar seus inimigos externos, como EUA e Israel (com quem o Mercosul tem tratado de livre comércio), e defender seus aliados, como a Síria de Bachar al Assad e o Irã de Ahmadinejad.

Conduzido pelo assessor presidencial Marco Aurélio Garcia, o atrelamento do governo petista com Chávez é total. O golpe brasileiro no Mercosul é a prova mais explícita disso. Ele deixou diplomatas do Itamaraty de cabelo em pé e aprofundou a partidarização da política externa brasileira. Uma partidarização que, vemos claramente, só a diminui.

  

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