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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

E agora, Copom?
08/03/2013 - Celso Ming - O Estado de S.Paulo

O recado mais importante que o Banco Central passou nessa quarta-feira, no comunicado divulgado após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), foi que a atual estratégia não serve mais para conduzir a inflação para a meta.

E qual estratégia acaba de ser abandonada? A de manter os juros básicos (Selic) parados em 7,25% ao ano "por um período de tempo suficientemente prolongado".

O Copom não avança que nova tática adotará. Limita-se apenas a dizer que "irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião (dia 17 de abril), para então definir os próximos passos".


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O que já dá para dizer é que, na visão dos formuladores da política monetária (política de juros), a inflação em 12 meses (a ser divulgada amanhã) está em algum ponto perigoso, logo abaixo do teto de tolerância, de 6,5% ao ano.

Até agora, os dirigentes do Banco Central, presidido por Alexandre Tombini, vinham apostando em que o recuo da inflação era somente questão de tempo. A quentura poderia até aumentar neste primeiro semestre, mas, na segunda metade de 2013, haveria o recuo. Mais um pouco de paciência, talvez em 2014, e a convergência para a meta estaria garantida.

Mas o Banco Central mudou seu diagnóstico. Deixou suficientemente claro que não basta esperar para ver. Já havia tentado acionar a âncora cambial (baixa do dólar no câmbio interno), mas, aparentemente, foi contido nesse movimento por determinações superiores. Pediu mais austeridade nas contas públicas, mas foi atendido só em parte; pressionou para que reajustes de preços importantes (como os dos combustíveis e da condução) fossem adiados, mas esbarrou no aparecimento de novas distorções que precisaram ser resolvidas. Sobra a velha e infalível terapia: alta dos juros.

Neste momento, parece inevitável que os juros voltem a ser acionados para que a inflação não cause tanto "desconforto" ao Banco Central e ao governo Dilma. O problema será definir o quanto deverão ser puxados para cima e a que velocidade.

A complexidade da questão começa com o fato de que não se sabe qual é o nível de inflação tolerado pelo Banco Central e pelo governo. Durante os últimos 14 meses, ficou nítido que o Banco Central não faz muita questão de uma inflação cravada no centro da meta. Em certos momentos, embora tenha lá seus riscos, algo perto da casa dos 6% pareceu aceitável: os 6,5% de 2011 e os 5,8% de 2012 foram considerados uma "vitória do governo Dilma".

Desta vez, há a ditadura do calendário: 2014 é ano de eleições. Uma inflação alta conjugada com um avanço fraco do PIB não costura boa bandeira eleitoral. Desse ponto de vista, seria preferível uma dose mais forte, que produzisse um efeito mais rápido.

Essa hipótese sugere que uma elevação dos juros de somente 1 ponto porcentual ao ano, para 8,25%, como vem sendo mencionada, pode não bastar. O que fica para ser respondido então é até que ponto um dos troféus mais importantes do governo Dilma - a derrubada histórica dos juros a 7,25% ao ano - pode ser removido do pedestal em que se encontra.


  

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