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Curto&Grosso O que ainda será manchete

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Que tal uma injeção no olho, sem anestesia?
20/07/2013 - Blog de Reinaldo Azevedo - Veja.com

Uma pausa nas minhas férias para comentar pesquisa Estadão-Ibope de intenção de votos para a Presidência da República. Destaco aqui alguns dados que me parecem relevantes.

Também este levantamento, a exemplo de outros que o antecederam, registra a monumental despencada de Dilma Rousseff (PT), que caiu de 58% em março para 30% – no cenário em que aparecem Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Com esses mesmos nomes, Lula obteria 41% e se elegeria no primeiro turno.


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Em qualquer dos casos, quem mais ganhou eleitores entre o levantamento de março e o de agora é Marina: com Dilma na disputa, ela salta de 12% para 22%, Aécio passa de 9% para 13%, e Campos, de 3% para 5%.

Quando o nome do PT é Lula, a ex-ministra do Meio Ambiente fica com 18%, e o senador tucano, com 12%. Em qualquer cenário, a ex-senadora petista fica em segundo lugar. Num eventual segundo turno entre as duas, há empate: 35% para Dilma contra 34% para Marina.

É claro que eu não gosto do resultado, mas ele traduz, sim, o espírito das manifestações de rua, que, sabem vocês, nunca foi do meu agrado.

Os números apontam para duas perspectivas para mim horripilantes: a que garantiria a vitória de Lula no primeiro turno e a que permitiria uma disputa, em segundo, entre Dilma e Marina Silva.

Nesse caso, ocorreria o que chamo de choque de obscurantismos – o deste mundo (Dilma) contra o do outro mundo (Marina).

Sei que ainda não há campanha na TV; que a petista tende a ter um latifúndio de tempo, contra alguns segundos da sua eventual adversária e coisa e tal…

A diferença pode fazer diferença no primeiro turno; no segundo, tudo se iguala. Uma Marina Silva falando contra a política tradicional, emprestando-se ares de Davi contra a Golias da Maldade, do “tostão contra o milhão”…

Ah, meus caros, a chance de um desastre dessas proporções de realizar é imensa!

E há, como se constata, a chance de Lula entrar na jogada. E cumpre não descartar essa possibilidade.

Em palestra para estudantes da Universidade Federal do ABC, ele reiterou que sua candidata é Dilma e coisa e tal, mas avisou: não está doente coisa nenhuma!

Sendo ele quem é, não é o tipo de desmentido que se deva ignorar.

“Ah, ele só está corrigindo uma informação…”.

Não quando se é Lula e quando vemos o patrimônio eleitoral do PT se desmanchar.

É uma tolice supor que ele possa mesmo estar fora da jogada. É preciso ignorar a natureza do petismo para supor que o partido caminharia para uma derrota eleitoral certa ou para uma disputa de máximo risco.

Se preciso, Lula volta à cena, sim, senhores!, pouco importa o seu real estado de saúde. Se puder fazer uma campanha mínima, isso basta.

Não, não… O resultado eleitoral das ruas buliçosas não é nada bom. No cenário em que Lula (38%) é candidato e em que aparecem Joaquim Barbosa (6%) e Marina Silva (17%), a soma desses três nomes alcança 61%.

Nesse caso, o tucano Aécio Neves obtém apenas 12% – índice que se repete em dois outros; o máximo que atingiu foi 13%.

Isso significa que o único nome identificado com a oposição obteve bem pouco ganho com a derrocada de Dilma.

Como se explica? O movimento das ruas, ainda que assentado, às vezes, em causas as mais meritórias, é, infelizmente, contra a política.

E Marina Silva é muito mais eficiente do que todos os seus adversários na arte de fingir de que faz outra coisa que não… política!

E os pobres?

Tomei aqui algumas pancadas porque escrevi que, até agora, os pobres não foram às ruas. Pancadas, acho eu, injustas porque eu não estava desqualificando nada.

Fazia um registro para entender a realidade e não alimentar falsas ilusões. A pesquisa Ibope evidencia que a minha observação era pertinente.

O movimento das ruas fez quase dobrar o índice de Marina.

Agora vejam este número: Marina tem 44% das intenções de votos de quem ganha mais de 10 mínimos, contra apenas 19% de Dilma – em março, era o contrário: 43% a 18% em favor da petista.

Já entre os que ganham até um mínimo, a presidente alcança 43%, contra apenas 13% da ex-ministra.


  

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