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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Vamos fazer do Brasil todo uma grande favela!
24/02/2014 - Blog de Rodrigo Constantino - Veja.com

O leitor ficou assustado com o título?

Entendo, entendo. Mas é a única conclusão lógica que consigo extrair de uma reportagem como esta do Fantástico, afirmando que 92% dos favelados se consideram felizes e que dois terços não gostariam de sair das favelas:

Nossa equipe viajou pelo país pra fazer um retrato de brasileiros movidos à felicidade.


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O que há de bom em viver em uma favela? “Eu prefiro ser rico entre os pobres do que pobre entre os ricos”, diz o agente comunitário José Fernandes Junior.

E se chovesse dinheiro? “Não saio não. Vou pra onde? Um milhão eu trabalho e consigo”, diz Adriano Castro.

Por que nem a juventude quer sair? “Eu falo para os meus amigos que Paraisópolis está parecendo já Las Vegas. É sério. Você vem aqui, pode vir 3 horas da madrugada e vai ver um monte de gente na rua. Aqui não dorme”, explica o motoboy José Lopes da Silva.

Não dorme, não para e não aceita mais ser rotulada. “Ah, mora na favela aquela pessoa pobre. Não. Eu não me sinto assim”, afirma Diego da Lima Silva, de 22 anos.


Que a felicidade não depende necessariamente da conta bancária é fato, e frequentemente ignorado pela própria esquerda.

Mas se é indiferente viver na favela ou fora dela, então podemos concluir que se o Brasil fosse todo uma grande favela, não haveria mudança alguma para pior.

Um tanto absurda esta conclusão, não é mesmo?

Felicidade é algo subjetivo, difícil ou impossível de se medir. A pesquisa depende do mood na hora da resposta, da forma a qual a pergunta foi feita, etc.

O Butão substituiu o PIB pelo FIB, ou seja, o Produto Interno Bruto, mensurável de forma mais objetiva, pela Felicidade Interna Bruta, um tiro no escuro que aceita qualquer coisa.

É fácil entender o motivo: países pobres podem ter governos fracassados que desejam fingir que tudo vai muito bem, obrigado.

A glamourização da miséria é algo típico da esquerda caviar.

As “comunidades” se tornam paraísos terrestres, de longe, por causa de sua simplicidade, “autenticidade”.

Mas será que viver sob o domínio de traficantes ou milicianos é mesmo tão bom assim?

Será que ter ou não ter saneamento decente é algo indiferente em nossa qualidade de vida?

O que uma reportagem como essa faz é vender a ideia de resignação diante da pobreza de nosso país, repleto de favelas.

A quem isso interessa?

Arrisco dizer que não aos próprios favelados…


  

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