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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Nacionalismo bocó
28/02/2014 - Blog de Reinaldo Azevedo - Veja.com

Que preguiça!

Desde quando, mundo afora, um chefe de governo bate boca com um órgão de comunicação porque este emitiu uma opinião desfavorável?

Aconteceu mais uma vez com Dilma.


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O jornal “Financial Times” publicou na quarta um editorial em que afirmou que Guido Mantega deveria ser substituído por um ministro da Fazenda pró-mercado.

Segundo o texto, diante do Brasil, os investidores antes diziam: “Vamos lá”. Agora, “deixem pra lá”.

Pois é… Imaginem o presidente Obama mobilizando seus assessores para responder a editoriais críticos aos EUA…

Dilma subiu nas tamancas mais uma vez.

Thomas Traumann, secretário de Comunicação, enviou uma resposta ao jornal cheia de ironia, um atributo das almas superiores.

“Talvez [o critério utilizado seja] um crescimento econômico de 2,3% em 2013, ou uma taxa de desemprego de 5,4% no ano passado, ou talvez reservas internacionais de US$ 376 bilhões e taxas de inflação abaixo de 6%”.

Com isso, convidava os britânicos a comparar a sua própria taxa de crescimento (1,8%) e de desemprego (7,1%) com as do Brasil.

Com a devida vênia, é pra enganar trouxa.

Se for para falar a sério, então é preciso começar a comparação pelo PIB per capita.

Mais: um empregado considerado “classe média” no Brasil certamente preferiria ser um desempregado na Grã-Bretanha…

Mas a questão relevante é outra.

Não foi o governo britânico que se referiu ao Brasil, mas um jornal.

Será que a Casa Branca enviará uma carta à VEJA ou à Folha ironizando o Brasil se esses dois veículos criticarem em editorial decisões daquele governo?

Trata-se de uma jequice calculada.

Esse tipo de coisa açula um certo nacionalismo bocó.

Não é a primeira vez que o Planalto faz isso.

Em dezembro de 2012, a revista The Economist, também britânica, alertava que o Brasil estava se tornando menos atraente e que Mantega já não era mais capaz de enfrentar os desafios da economia.

Criticou ainda o excesso de ingerência do estado:

“Um bom exemplo é o aparente desejo de Dilma de reduzir o retorno sobre o investimento na ‘base do porrete’, não só para bancos, mas também para as empresas de energia elétrica e fornecedores de infraestrutura”, escreveu a Economist, numa referência à insistência do Palácio do Planalto em querer convencer empresários a investir ao mesmo tempo em que lhes negava um retorno adequado para participar dos investimentos.

Bem, tanto a revista estava certa que o governo mudou as regras das concessões -- embora tarde.

Dilma ficou brava e chegou até a evocar a soberania nacional.

Não é a primeira vez, diga-se, que o Financial Times aponta o acabrunhamento do Brasil.

Em fevereiro do ano passado, diante do baixo crescimento de 2012, o jornal já chama o ministro da Fazenda de “Guido Vidente”.


  

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