Bye, bye, Brasil 12/03/2014
- Antero Greco - O Estado de S.Paulo
Gosto do Brasileiro, curto o Paulista (e, por extensão, os demais Estaduais), me ligo em Libertadores, Champions League, Lampions League e tudo que tenha a bola a rolar.
Mas se tem competição simpática, essa é a Copa do Brasil (e suas congêneres pelo mundo). Eis campeonato democrático -- noves fora certos apadrinhamentos --, pois dá espaço para os famosos de sempre se destacarem e para os pequenos terem momentos de brilho.
Um festival de futebol, que permite até que, vez ou outra, as zebras passeiem à vontade. Ou cheguem ao título -- e aí estão Juventude, Santo André e Paulista para confirmarem.
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Bobeira é considerá-la "o caminho mais curto para a Libertadores".
Lugar-comum sem graça, que embute menosprezo ao desafio que se tem pela frente, tanto para os endinheirados como para os times que se contentam em aparecer para o grande público apenas na primeira fase.
A glória para eles. Conta, pra valer, a conquista de um troféu que já tem um quarto de século e virou tradicional. Prefiro ver dessa forma.
Em seguida, e como prêmio adicional, o vencedor garante lugar para a epopeia sul-americana do ano seguinte.
A partir de hoje, a gente ouve nomes agradáveis, sonoros, que normalmente se restringem às respectivas regiões.
Desfilarão, mesmo que por 90 minutos e nada além disso, agremiações como Tombense, Princesa Solimões, Goianésia, Interporto, Vilhena, Paragominas, Santa Rita, Plácido de Castro, Parnahyba, Brasília, São Luiz, Náutico-RR e outros de igual quilate.
A consagração vem com simples menção em rede nacional. Ter o segundo jogo ou avançar para a etapa seguinte é espetacular.
A Copa do Brasil nos traz de volta -- sempre com a ressalva de que falo do torcedor dos centros mais badalados --, equipes com história, no mínimo local, e que já tiveram maior projeção.
A lista comporta Desportiva-ES, Flamengo-PI, Treze-PB, Mixto, Brasiliense, Sampaio Correa, ASA, Tupi, Bahia de Feira de Santana, Nacional-AM, Potiguar.
Claro, que se juntam a graúdos como Internacional, Fluminense, Vasco e o quarteto paulista formado por Santos, Corinthians, São Paulo, Palmeiras -- estado que ainda tem Portuguesa, Guarani, Ponte Preta, São Bernardo, Bragantino, Grêmio Barueri.
Uma farra do boi!
O tour pelo país, que em tantas ocasiões remete ao enredo de Bye, bye, Brasil, filme de Cacá Diegues em que uma trupe de artistas perambulava por aí, tem logo de cara dois paulistanos candidatos ao título em campo nesta quarta-feira: São Paulo e Palmeiras.
Os tricolores, recheados de condecorações internacionais, não têm em seu museu a Copa do Brasil.
Os palestrinos buscam a terceira, num ano especialmente importante, o do primeiro centenário.
Há curiosidade em torno de ambos rivais destas bandas.
A atração no São Paulo é a estreia de Pato. O moço tem nova oportunidade de mostrar que não se trata de fogo de palha surgido anos atrás no Inter, e o torcedor do São Paulo espera que ele responda de maneira positiva como tem ocorrido com Jadson, que foi em troca para o Corinthians.
Pressão para cima do moço e também do próprio São Paulo. Se acertar, elimina o CSA hoje.
O Palmeiras começa a temporada pra valer agora, por mais que a trajetória no Paulistão seja eficiente. Gilson Kleina captou a relevância e manda força total, no interior de Rondônia, contra o Vilhena.
Chega o momento do teste para um grupo que se refez em 2013, na disputa da Série B.
Nesse imenso mata-mata, o Palestra tem de mostrar que retornou para ser protagonista.
Seguuura, peão!... bom slogan.
Que furada!
Kaká e Robinho sonham com a disputa de mais um Mundial, mas entraram numa barca sem rumo.
Se depender de ajuda do Milan, podem tirar o cavalo da chuva. O time acumula vexames.
No calcio vai mal das pernas, e ontem saiu da Champions de cabeça ardendo com os 4 a 1, fora o baile, que levou do Atlético de Madrid.
O Milan vai por água abaixo, como a carreira política do dono, Silvio Berlusconi.