Este Brasil lindo e trigueiro 11/04/2014
- Carlos Brickmann - Observatório da Imprensa
Faz 110 anos que nasceu o grande Ary Barroso, retratista do Brasil brasileiro, terra do samba e do pandeiro, do coqueiro que dá coco e de fontes murmurantes.
Algumas homenagens de agora do nosso Brasil que dá o nome à sua Aquarela:
1 – Tiririca, que tinha prometido desistir da política, resolveu se candidatar à reeleição. Seus votos ajudam a eleger outros políticos do PR, do mensaleiro Valdemar Costa Neto, e rendem ao partido, cada um, R$ 3,75, de dinheiro público. Seu slogan é “Sem Tiririca, Brasília mica”.
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Tiririca, na última eleição, disse que não sabia o que um deputado federal faz. Hoje ele sabe. Parece que gostou.
2 - Lembra de Eduardo Gaievski, assessor da ministra Gleisi Hoffmann, indicado para coordenar sua candidatura pelo PT ao governo do Paraná e preso pela acusação de pagar crianças para fazer sexo?
Há mais casos estranhos. Gleisi Hoffmann, quando senadora, nomeou Gláudio Renato de Lima, PT, para assistente parlamentar.
Quando virou ministra, seu sucessor, Sérgio Souza, PMDB, o recebeu como herança e o mantém até hoje no Senado -- embora Gláudio tenha sido condenado em dois processos pela Justiça do Paraná, um por improbidade administrativa, outro por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e concussão.
Pedofilia, ladroeira -- que dedo tem a ministra-candidata para escolher assessores!
3 – Nerigleikson Paiva de Melo, assessor de Renan Calheiros, acusado de comprar votos, foi demitido do Senado. Quem não tem padrinho morre pagão.
Dos olhos claros de cristal
Há Ary; e há Sílvio Caldas, que celebrou a loirinha, a rainha de seu Carnaval.
A folia da rainha vem até hoje: Marli Brambilla e Jaime Dutra Coelho, da cooperativa Coana, de Querência do Norte, Paraná, foram presos, acusados de desviar o dinheiro público destinado à compra de alimentos para creches, escolas e hospitais.
Os documentos apreendidos se referem à negociação de repasses da estatal Conab, Cia. Nacional de Abastecimento, com a então senadora Gleisi Hoffmann, hoje ministra, e o deputado federal Zeca Dirceu, ambos do PT paranaense.
Que dedo tem a senadora que virou ministra para escolher interlocutores!