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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Escola sem partido
16/05/2014 - Blog de Rodrigo Constantino - Veja.com

Todo leitor deste blog sabe como valorizo a verdadeira educação, e por isso mesmo venho combatendo a doutrinação ideológica em nossas escolas e universidades.

Só posso, então, aplaudir a iniciativa do deputado Flavio Bolsonaro de apresentar projeto de lei para que o Rio tenha, finalmente, uma “escola sem partido”.

O projeto foi inspirado na ONG de mesmo nome, liderada por Miguel Nagib, que vem fazendo um excelente trabalho nessa luta por um ensino livre de proselitismo ideológico.


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Todos nós conhecemos bem a doutrinação marxista que começa bem cedo nas escolas e vai apenas escalando até chegar nas universidades.

Aqueles alunos que ousam remar contra a maré vermelha são muitas vezes hostilizados, repreendidos e podem até sofrer punições nas notas.

Ninguém mais aguenta tanta lavagem cerebral. E não pensem que isso é paranoia da “direita”.

Claudio Haddad, em entrevista recente a Veja, afirmou categoricamente que o objetivo do governo é doutrinar.

Por isso o projeto de Bolsonaro merece atenção e reflexão.

Logo em seu primeiro artigo fica claro o que está em jogo, e o que cada pai deveria tomar conhecimento para que possa colaborar com um ensino menos invadido pela ideologia:

Art. 1º. Fica criado, no âmbito do sistema de ensino do Estado do Rio de Janeiro, o Programa Escola Sem Partido, atendidos os seguintes princípios:

I – neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado;

II – pluralismo de ideias no ambiente acadêmico;

III – liberdade de aprender, como projeção específica, no campo da educação, da liberdade de consciência;

IV – liberdade de crença;

V – reconhecimento da vulnerabilidade do educando como parte mais fraca na relação de aprendizado;

VI – educação e informação do estudante quanto aos direitos compreendidos em sua liberdade de consciência e de crença;

VII – direito dos pais a que seus filhos menores não recebam a educação moral que venha a conflitar com suas próprias convicções.


As escolas foram dominadas pelos “revolucionários”, que as encaram como poderoso instrumento de propaganda ideológica.

A “pedagogia social” virou eufemismo para lavagem cerebral, para incutir desde cedo em cabeças ainda ingênuas novos valores (ou anti-valores), muitas vezes contrários aos tradicionais valores familiares ou religiosos.

O “kit gay” de Fernando Haddad vem à mente, “ensinando” aos adolescentes como é legal gostar hoje de meninos, amanhã de meninas.

Em vez de ensinar português, matemática, geografia e ciências, com critérios mais objetivos, os professores preferem passar mensagens ideológicas, politicamente corretas, coletivistas, hedonistas, moralmente relativistas, defensoras de um estado cada vez mais onipresente em nossas vidas.

Nossos filhos saem das escolas sem saber fazer contas direito, achando que “nóis pega o peixe” é uma forma “apenas diferente” de se expressar, e cheios de ladainha marxista na cabeça, repetindo vários slogans ideológicos.

É isso que queremos?

É esse o caminho para construir um país desenvolvido e civilizado?

O projeto de lei coloca como as funções de um professor isento:

Art. 3º. No exercício de suas funções, o professor:

I – não abusará da inexperiência, da falta de conhecimento ou da imaturidade dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente político-partidária, nem adotará livros didáticos que tenham esse objetivo;

II – não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, religiosas, ou da falta delas;

III – não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas;

IV – ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas, apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade – as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito;

V – deverá abster-se de introduzir, em disciplina obrigatória, conteúdos que possam estar em conflito com as convicções religiosas ou morais dos estudantes ou de seus pais.


Os quatro primeiros itens são básicos, e não há como discordar deles, em minha opinião.

O último item pode suscitar alguma controvérsia maior.

Se pais mais fundamentalistas acharem que a teoria darwinista não deva ser ensinada, pois vai contra suas convicções religiosas, como fica?

Temos aqui um impasse. Haverá uma região cinzenta, naturalmente.

Mas o alerta está claro: é preciso dar um basta a esse abuso que as esquerdas vêm praticando com o controle da educação e, por tabela, das mentes mais ingênuas dos jovens.

Resgatar a ideia de uma educação isenta de politicagem é fundamental para melhorar a qualidade do ensino no país, que está em péssimo estágio, como sabemos (e como todo indicador internacional mostra).

O projeto de Flavio Bolsonaro merece apoio e deveria servir como exemplo para o país todo.


  

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