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De Última! Só lendo para acreditar

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Convidado inoportuno
19/05/2014 - Antero Greco - O Estado de S.Paulo

A conversa de corintiano maloqueiro, sofredor, graças a Deus andava meio largada pra escanteio.

Como falar em dor, sufoco, agonia e sentimentos chatos para chuchu pra uma torcida que, nos últimos anos, se lambuzou de títulos e viu o time levantar taças de tudo quanto é formato, tamanho e importância?!

Até casa própria a Fiel ganhou. Com direito a banheiro de mármore, gramado importado, telão chique no lado de fora. Uma belezura pra esfregar na cara de qualquer engomadinho gozador.


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Mas justo no dia da festa de inauguração oficial do Itaquerão a zica antiga resolveu reaparecer, pra avisar que não morreu e anda por aí, prontinha para pegar os distraídos.

E sabe que não me surpreendeu tanto?

Juro que fiquei cismado, logo cedo, quando vi o domingo amanhecer bonito, com sol gostoso, que atraiu gente para o novo estádio até antes do almoço. Muita perfeição; aí tinha coisa, só podia.

A sensação esquisita aumentou lá pelas quatro, pouco antes da assoprada inicial do apito. O céu escureceu, bateu ventania; enfim, o tempo virou. Em diversas regiões caiu granizo. Pensei: "Só falta chover pras bandas de Itaquera." Na mosca, despencou toró, rápido, sem padrão Fifa de intensidade e duração, mas o suficiente pra aporrinhar. Mau presságio, ainda mais que a cidade anda seca que nem o Saara.

Não deu outra: a farra que seria o jogo com o Figueirense virou a primeira decepção no campo novinho em folha. A turma toda nas apostas -- "Qual será o primeiro corintiano a marcar?", "De quanto vai ser a goleada?" --, cada um à espera da explosão de gol. Do Timão, claro. Daí vai um Augusto, não o Renato, mas o Giovanni, do Figueirense, e macula as redes invictas.

Tremendo cara de pau, onde já se viu?! Que ousadia, que esculhambação! Pois esqueceram de combinar com o convidado que era dia especial, de teste para a abertura da Copa, para manchetes ufanistas e brejeiras, para música em programas de tevê, para dourar a pílula. (Houve problemas de acesso e teve equipe de mídia que chegou ao local no sufoco e com ajuda...)

Dentro de campo bateu ponto a tradição do "futebol é caixinha de surpresas". Pero no mucho. O Figueirense foi intruso, insolente, trapalhão, inoportuno, se levarmos na irreverência e bom humor. Mas expôs a instabilidade do Corinthians. O clima de entusiasmo que se criou em torno do jogo, a ilusão da vitória certa e irrefutável, não esconderam a oscilação da moçada dirigida por Mano Menezes. A equipe não é confiável, "ainda", e o advérbio entra como prova de boa vontade.

Se a defesa não leva sustos como antes -- apesar de vacilos decisivos no começo da etapa final --, meio-campo e ataque não mantêm regularidade de desempenho. Passam da eficiência para a bagunça num piscar de olhos, na base do cada um por si. Houve momentos em que o time catarinense jogou como se fosse o mandante.

Em outros, nos quais se fechou, revelou que a arma alvinegra eram os chuveirinhos. Thiago Heleno, aquele mesmo que afundou junto com o Palmeiras em 2012, ganhou todas pelo alto e nas antecipações. A pobreza criativa do Corinthians mereceu vaias. É, a torcida lotou o espaço disponível, cantou, fez coreografia, mas deixou o recado: se a festa na arquibancada não se estender para o gramado, vai ter bronca. E como!

Oba, o Ganso acordou

Sou a favor dos bons jogadores, sempre e independentemente de cor de camisa e nacionalidade. Por isso, com satisfação registro a atuação de Ganso no clássico com o Flamengo. Não só pelos dois gols, fato suficiente para dar-lhe destaque, como pela movimentação, pelos passes, pela presença. Por jogar aquilo que pode -- e não é pouco, é acima da média, como o próprio alardeou tempos atrás.

Interino eficiente

O Palmeiras procura técnico, cisca aqui e ali. Enquanto isso, Alberto Valentim consegue o terceiro triunfo seguido: 1 a o no Vitória, com uma equipe arrumadinha.


  

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