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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

À mesa com Dilma
19/05/2014 - Ricardo Balthazar - Folha de S.Paulo

Dilma Rousseff decidiu falar com jornalistas com maior frequência. Nas últimas semanas, chamou três grupos para jantar no Palácio da Alvorada e passou a noite respondendo a perguntas.

É uma boa notícia, mas o formato desses encontros é uma deturpação do espírito que deveria presidir o contato entre os poderosos e a imprensa.

Os jornalistas que participam dos jantares são escolhidos pela assessoria da presidente.


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Todos podem reproduzir o que ouvirem como acharem melhor, mas câmeras e gravadores são vetados. Dizem que Dilma fica desconfortável com os aparelhos.

A ideia é criar um clima descontraído, para baixar a guarda dos jornalistas e evitar embaraços para a presidente. Dilma abre uma fresta em sua intimidade e diverte com histórias do neto. O fotógrafo oficial registra tudo e faz retratos individuais dos convidados com a presidente.

Dilma não gosta do contato com a imprensa. Como muita gente no PT, ela vê os jornalistas como adversários que só apontam defeitos em seu governo e ignoram acertos. Suas entrevistas são raras e, em geral, são improvisadas entre uma cerimônia e outra, quando repórteres gritam perguntas e ela responde qualquer coisa antes de bater em retirada.

Numa democracia, os políticos se submetem ao questionamento dos jornalistas porque reconhecem que devem prestar contas à sociedade e entendem que a imprensa existe para fiscalizar os governos, não para elogiá-los.

Dilma parece pensar diferente, e só decidiu falar aos jornalistas agora porque está em campanha para se reeleger e acha que precisa assumir a defesa de seu governo.

Há um jeito de resolver a questão. No próximo jantar, a presidente libera câmeras e gravadores e deixa à vontade quem quiser transmitir a conversa ao vivo.

O público ganharia assim uma chance de avaliar melhor a consistência das suas respostas.

E quem desconfia dos jornalistas teria uma oportunidade para julgar quem faz o seu trabalho direito.


  

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