capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.756.216 pageviews  

Guia Oficial do Puxa-Saco Pra quem adora release...

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Soberba e populismo
24/06/2014 - O Estado de S.Paulo

Há uma característica peculiar no DNA do PT que tem dificultado a articulação de alianças em torno da candidatura de Dilma Rousseff à reeleição: a soberba.

A arrogância do comando lulopetista, que posa de monopolista da virtude e despreza os aliados porque age por puro fisiologismo, tem sido responsável por importantes reveses nesta pré-campanha eleitoral.

O mais recente é a decisão do PMDB fluminense de apoiar a candidatura de Aécio Neves à Presidência em dobradinha com a do governador Luis Fernando Pezão à reeleição.


PUBLICIDADE


A dissidência do PMDB fluminense não se enquadra exatamente na galeria dos episódios louváveis que honram a política brasileira.

É pura e simplesmente o desdobramento do toma lá dá cá que o PT não inventou, mas empenhou-se diligentemente em aperfeiçoar ao longo de quase 12 anos no poder.

Desde a eleição ao governo estadual do peemedebista Sérgio Cabral em 2006, coerente com a orientação da direção nacional do partido, o PMDB fluminense e o governador em particular posicionaram-se com armas e bagagens no séquito de Luiz Inácio Lula da Silva.

A ligação entre Lula e Cabral parecia tão sólida que este chegou a sonhar, em 2010, em ser o vice de Dilma Rousseff. Teve de se contentar com a candidatura à reeleição.

Mas a decepção definitiva de Cabral veio quando, em vez de honrar a aliança apoiando o candidato dele à própria sucessão, o PT optou por aceitar o fato consumado da candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Estado, até porque a popularidade de Cabral caíra vertiginosamente, contaminando a de Pezão.

Agora, Cabral e o PMDB fluminense dão o troco. Oficialmente, Pezão e Cabral continuarão apoiando Dilma. Mas a poderosa máquina política do PMDB fluminense vai trabalhar por Aécio Neves.

Às más notícias no plano das alianças eleitorais a soberba lulopetista parece disposta a responder com mais do mesmo, a julgar por tudo que foi proclamado na convenção nacional que confirmou a candidatura de Dilma à reeleição.

A começar pelo fato de que a presidente está agora oficialmente enquadrada, pela proverbial imodéstia de Lula, na condição subalterna de "criatura" do Grande Chefe.

A insatisfação generalizada dos brasileiros com a qualidade dos serviços públicos se manifesta vigorosamente nas ruas.

Mas Lula, Dilma e o PT se gabam de terem inventado um novo país, criando uma nova realidade nacional de desenvolvimento econômico e conquistas sociais.

Estariam plenamente credenciados, portanto, a se lançarem à campanha eleitoral com o apelo à continuidade das fantásticas realizações com que mudaram para melhor a face do País.

Mas como não podem ignorar que os brasileiros não estão lá muito satisfeitos com o que veem e, principalmente, sentem, é melhor ir de "mudança".

Aliás, "mais mudança", porque, afinal, o estoque de promessas não cumpridas está longe de se esgotar.

O pior é que as principais novidades das "mudanças" apontam na direção do retrocesso.

Apesar de terem repudiado o "ódio" revelado pela "elite branca" contra Dilma no lamentável episódio da abertura da Copa do Mundo, o discurso petista continuará focado no estímulo à cizânia nacional, à divisão dos brasileiros entre "nós" e "eles", agora com uma pegada mais "esquerdista" que procurará dar destaque à necessidade do "controle social da mídia" e de uma reforma política destinada não a aperfeiçoar o sistema democrático a serviço de uma sociedade pluralista, mas a consolidar a hegemonia da nomenklatura petista.

Não é outro o objetivo do decreto que, a pretexto de "regulamentar o texto constitucional", pretende aparelhar a estrutura do Poder Central com "conselhos populares" manipulados pelo Planalto.

E todo esse conteúdo "popular" se derramará na campanha petista, embalado pela demagogia dos chavões populistas que durante a convenção de sábado Dilma leu no teleponto:

"Recolhamos as pedras que atiram contra nós e vamos transformá-las em tijolos para fazer mais casas do Minha Casa, Minha Vida. Vamos recolher os xingamentos, os impropérios e as grosserias e transformá-los em versos de canções de esperança no futuro do Brasil".

A soberba afasta aliados. A demagogia populista nem sempre atrai eleitores.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques