Praticamente tudo coincide até agora, dentro da margem de erro.
Quando se chega, no entanto, ao segundo turno, aí as variações são consideráveis.
Ibope:
Dilma – 41%
Aécio – 33%
Comparem com o Datafolha:
Dilma – 44%
Aécio – 40%
Ou por outra: no Ibope, Dilma pode ter entre 39% e 43%; no Datafolha, entre 42% e 46%.
Logo, os dois institutos chegam mais ou menos ao mesmo lugar.
No que diz respeito a Aécio, no entanto, a divergência é grande: no primeiro instituto, ele teria entre 31% e 35%; no outro, entre 38% e 42%.
A diferença é grande.
O mesmo se dá com Campos. No Datafolha, ele aparece no segundo turno com 38% (entre 36% e 40%); no Ibope, com apenas 29% (entre 27% e 31%): a diferença é ainda mais gritante. A petista conserva os mesmos 41%.
Coisas diferentes
“Ah, você está comparando pesquisas diferentes!”
Errado!
Eu não estou especulando sobre a evolução dos candidatos a partir de levantamentos distintos.
Estou apenas considerando que os dois institutos falam num intervalo de confiança de suas respectivas pesquisas de 95%.
Segundo eles, se a pesquisa fosse repetida 100 vezes, em 95 delas, os números estariam dentro da margem de erro.
Sendo assim, convenham, estamos diante de uma de três alternativas:
a) muita coisa mudou em quatro dias;
b) um dos dois institutos está errado;
c) um dos dois institutos não deu sorte e incidiu em uma -- das apenas cinco em 100!!! -- chances de colher um resultado diferente.
E não!
Não há falha no meu raciocínio.
E que se note outra diferença importante: o Ibope ouviu 2002 pessoas; o Datafolha, 5.337.