capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 12/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.897.384 pageviews  

MT Cards Que tal mostrar a cara de Mato Grosso?

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Nota baixa para o SUS
18/08/2014 - O Estado de S.Paulo

Apesar do que tenta alardear o governo do PT, a saúde pública no País vai mal, e a população sabe disso.

É o que mostra pesquisa feita no Estado de São Paulo a pedido da Associação Paulista de Medicina (APM) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Numa escala de zero a 10, 51% dos entrevistados deram ao Sistema Único de Saúde (SUS) uma nota entre zero e 4; 35%, entre 5 e 7; e apenas 13% avaliaram que o SUS merece uma nota entre 8 e 10.


PUBLICIDADE


Não é para menos: a pesquisa indica, por exemplo, que 3 em cada 10 paulistas estão aguardando algum tipo de atendimento do SUS.

Feita com o objetivo de "conhecer as opiniões e percepções dos paulistas sobre a saúde no Brasil, com foco no atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde", a pesquisa relata que, para todos os serviços oferecidos no SUS, há uma parcela muito expressiva da população que avalia o acesso aos serviços como difícil ou muito difícil, especialmente a consulta com médico, o atendimento de emergência em pronto-socorro e as cirurgias.

Os dados da pesquisa confirmam estudos anteriores, que já indicavam descaso com a saúde pública.

Uma auditoria, divulgada no início do ano pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a assistência hospitalar no âmbito do SUS, revelou que, em 1995, o Brasil tinha em média 3,22 leitos hospitalares por mil habitantes.

Em 2010, o índice havia caído para 2,63.

Na ocasião, o TCU alertou para "problemas graves, complexos e recorrentes" no sistema de saúde: falta de leitos, falta de profissionais, falta de medicamentos e de insumos hospitalares, falta de equipamentos, falta de instalações adequadas.

A redução do número de leitos no SUS prosseguiu nos anos seguintes.

O Conselho Federal de Medicina revelou que a rede pública havia perdido, entre janeiro de 2010 e julho de 2013, 12.697 leitos, enquanto a rede privada de saúde ampliava no mesmo período a sua capacidade em 13.438 vagas de internação.

Não é ocioso lembrar que apenas 29% dos brasileiros têm plano de saúde.

No Estado de São Paulo, onde o porcentual é mais alto, são 39% dos paulistas a partir dos 16 anos que contam com algum tipo de cobertura médica privada.

Esses números mostram que o descaso com a saúde pública afeta diretamente a grande maioria da população.

A pesquisa mostra que o SUS continua sendo muito procurado.

Apesar de São Paulo ser o Estado mais rico da federação e com maior porcentual de assistência médica privada, 89% dos paulistas usaram nos últimos dois anos algum dos serviços do SUS.

Entre as pessoas que não utilizam habitualmente o SUS, 42% não o fazem em razão de dificuldades com o SUS, e apenas 33% alegam que não recorrem ao sistema único por terem um plano de saúde privado.

A boa notícia da pesquisa fica por conta do programa Saúde da Família.

Um quarto da população do Estado já foi atendido pelo programa (a média brasileira é de 29%) que foi bem avaliado.

Entre as pessoas que já foram atendidas, 47% deram ao programa nota entre 8 e 10, numa escala de zero a 10.

É exceção que confirma a regra.

O Ministério da Saúde parece não se abalar com a má avaliação que a população faz do SUS.

Tanto que, na tentativa de mostrar o seu empenho na área, o Ministério falou da criação do Mais Médicos, informando que o Estado de São Paulo recebeu 2,1 mil médicos do programa.

Ou seja, gaba-se de atribuir prioridade a um programa polêmico, em vez de atuar onde a população realmente precisa.

A saúde é um tema prioritário para os paulistas.

Em relação à esfera federal, 52% dos paulistas responderam, entre diversos temas que consideravam importantes, que a saúde era a "prioridade".

A educação ficou em segundo lugar, sendo considerada a área prioritária por 19%.

A moradia, tão presente no debate público atual, foi indicada como prioridade por 5% e o transporte, por 0,3%.

Esses dados não deixam de ser uma ocasião para que os candidatos reavaliem as suas prioridades.

Se o cliente sempre tem razão, muito mais o cidadão.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques