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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Equilíbrio precário
01/10/2014 - Antero Greco - O Estado de S.Paulo

Times andam sempre na corda bamba. Repare como o equilíbrio deles é frágil. Num momento, chamam a atenção, recebem elogios, vislumbram sucesso, viram moda. Técnico e jogadores são badalados, ocupam manchetes, inflamam torcidas. Basta sequência ruim de resultados para que percam a pose e entrem em parafuso. É de lei.

A turma de cima, no momento, vem do Sul, com aceleração surpreendente de Inter e Grêmio. O primeiro pode encostar de vez no Cruzeiro, desde que vença o desafio no sábado (líder e segundo colocado estão separados por seis pontos). O Tricolor gaúcho renasceu, junto com Felipão, e por enquanto agita a briga por vaga na próxima Libertadores.

O pessoal em baixa, nestes dias, concentra-se por aqui. O Palmeiras nem conta, pois é parte integrante do clube dos angustiados, sócio de carteirinha dos postulantes à Segunda Divisão. O São Paulo fica na base do vai não vai. Num instante, encanta-se com o quadrado fantástico e bate o Cruzeiro. Noutro, desanda a levar gols, perde jogos seguidos e vê a liderança de longe.


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Agora, o Corinthians faz companhia para os rivais. As portas para o bloco dos instáveis se abriram com oscilação tremenda no Brasileiro. Nos últimos dez jogos, acumulou quatro derrotas - duas nas rodadas mais recentes -, contrabalançadas por três vitórias e três empates. A turbulência empurrou o pessoal de Mano Menezes para o sétimo lugar e a 13 pontos do topo. Ou seja, o hexa nacional vai para outra ocasião.

O ar no Parque São Jorge ficou carregado em setembro - e os sinais evidentes de apreensão vêm justamente de manifestações de confiança, apoio e apreço. Soa contraditório, mas é assim mesmo. Quando jogadores aparecem em público em bloco para assumir falhas e "hipotecar solidariedade" ao treinador, tentam demonstrar união e revelam bastidores conturbados.

Leitura lógica da entrevista de Ralf, Fábio Santos e Renato Augusto, às vésperas do clássico de hoje com o Atlético. O trio tratou de atrair um pouco da pressão, que recai forte sobre Mano, cobrado por setores da torcida - os de sempre, diga-se, e que ontem voltaram a dar o ar da desgraça, com ameaças. A experiência ensina esse tipo de atitude de boleiros ocorre em ambiente alterado. A conversa do "todos somos responsáveis por vitórias e fracassos" é bacana, mas nem sempre resolve.

Acha pouco? Então acrescente a presença do presidente Mário Gobbi para apimentar, involuntariamente, o caldo. O dirigente fez os elogios de praxe ao grupo, ao planejamento, ao técnico, etc. e tal. Daí se mostrou enfático ao afirmar que não imagina o Corinthians fora da competição continental em 2015. Outro ano sem Libertadores, na avaliação dele, seria fonte de prejuízo financeiro impensável. Quer dizer: incentiva e cobra a rapaziada. (Curioso como o discurso mudou: o antecessor até desdenhava do torneio, ao garantir que não compensava. Vai entender...)

O Corinthians está à beira do desastre? Não, por motivos simples. Caso se contente com a Libertadores, é objetivo alcançável, porque a diferença para ficar no G-4 é pequena. Além disso, os rivais pelas vagas se equivalem. Há, ainda, a possibilidade de garantir-se com o título da Copa do Brasil, o que seria muito mais interessante e igualmente não se trata de desafio insuperável. Está na média da maior parte dos concorrentes que restaram na corrida.

A barreira, pra valer, está no próprio Corinthians. Fora episódios esparsos, como os 3 a 2 sobre o São Paulo ou os 5 a 2 no Goiás (um exagero!), o que se tem visto é equipe sem atrevimento, ousadia, velocidade. Parece não mudar a toada, independentemente do adversário ou das circunstâncias da partida. Não é a toa que tem dez empates, a maioria consequência de apresentação insossa.

Até um tempo atrás, o Corinthians se gabava de ter sistema defensivo sólido; foi superado pelo Grêmio. Pra complicar, o ataque não deslancha. Nessa lenga-lenga, marca passo, fica no discurso vazio e coloca a Fiel em desassossego.


  

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