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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Uma legislação contra o eleitor
03/10/2014 - Blog de Reinaldo Azevedo - Veja.com

Sabem quem venceu o debate da noite e começo da madrugada na Globo?

Aquele que o eleitor disser que venceu.

A gente não é juiz desse tipo de coisa.


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Se vocês me perguntarem quem se saiu melhor, aí, sim, a minha opinião é clara: o tucano Aécio Neves.

No meu blog, escrevi 38 pequenos posts ao longo do embate, pergunta a pergunta.

A síntese é esta: apesar da participação ativa dos que não tinham nada a dizer, com destaque para as palermices de Eduardo Jorge (PV) e a espantosa má-fé de Luciana Genro (falarei mais sobre esta senhora), do PSOL, podem-se concluir algumas coisas:

a) Aécio Neves, do PSDB, e Dilma Rousseff, do PT, foram os protagonistas do debate;

b) Marina Silva, do PSB, uma vez mais, se mostrou murcha, sem brilho;

c) a legislação vigente no Brasil impede um debate realmente proveitoso entre os candidatos e milita contra o interesse dos brasileiros.

A petista deixou claro que preferia o confronto com o senador mineiro, buscando, na medida do possível, ignorar Marina.

A presidente-candidata acionou o tucano três vezes e foi acionada por ele uma vez.

As regras do debate não permitiram mais do que isso.

Nos quatro embates, ele apresentou os melhores argumentos.

O tucano e a peessebista estiveram cara a cara uma única vez, por iniciativa dele.

Esnobada por Dilma, Marina conseguiu tirá-la para dançar duas vezes.

E, nesse caso, é forçoso admitir, Dilma levou a melhor.

Primeiro, a pesssebista acusou petista de ser contraditória sobre a independência do Banco Central.

A presidente-candidata afirmou que a adversária fazia confusão entre “independência e autonomia”.

Marina replicou afirmando que Dilma se tornou presidente sem ter sido nem vereadora.

E teve de ouvir a outra ironizar que aquele conceito não era exatamente coisa de nova política.

Marina voltou à carga contra Dilma associando-a à corrupção da Petrobras.

Dilma deu uma voadora: afirmou que demitiu o chefe do Ibama por corrupção -- um aliado da adversária -- e nem por isso jogou a culpa nas suas costas.

Foi o momento em que Marina se irritou e tentou falar fora de seu tempo.

Não ficou bom.

À parte o enfrentamento, quando foi possível, entre os três candidatos, o resto foi pura perda de tempo e abuso da nossa paciência.

Vá lá: Aécio, Dilma e Marina aproveitavam as deixas dadas pelos nanicos para falar sobre suas propostas, mas é evidente que aquilo não contribuía para o eleitor formar juízo nenhum.

Luciana Genro, que faz a trajetória inversa dos vinhos e só piora à medida que vai ficando mais velha, fez duas perguntas a Dilma -- ambas boçais.

O mesmo fez Eduardo Jorge.

Só contribuíram para dar palanque à candidata-presidente.

Farei um post específico a respeito.

É escandaloso que uma emissora seja obrigada a aceitar no debate candidatos que têm 1% dos votos ou que nem mesmo chegam a isso.

Não falam em nome do eleitor; não falam em nome de uma coletividade; não representam ninguém.

Mas contribuem enormemente para impedir o confronto entre aqueles que têm o que dizer que podem vir a presidir o Brasil.

Quem, no fim das contas, acaba ganhando com essa legislação estúpida?

Ora, o statu quo.

É evidente que Dilma estaria numa situação bem mais difícil caso se confrontasse, finalmente, em condições de igualdade, com os outros dois candidatos viáveis -- já que usou seu latifúndio no horário eleitoral para demonizá-los.

Em vez disso, a presença dos nanicos serve para poupá-la de um embate mais duro.

Duvido que Dilma vença a disputa no primeiro turno.

Nas três últimas eleições, o PT sempre teve menos votos do que lhe davam os institutos até o dia da votação (na margem, mas menos), e o PSDB, mais (às vezes, fora da margem).

Assim, não creio que o debate possa ter contribuído para que ela liquide a fatura agora.

A ser como diz o Datafolha e havendo, de fato, um empate técnico entre Marina e Aécio, ele pode ter sido beneficiado pelo encontro em razão da determinação de Dilma de brigar com um tucano.

O candidato do PSDB desmentiu a petista, que afirmou ter demitido Paulo Roberto Costa da Petrobras -- não foi demissão, mas acordo; demonstrou os desacertos da política ambiental do governo; falou da necessidade de corrigir o Minha Casa Minha Vida e demonstrou com números, apesar do esperneio, que a economia vai mal.

Síntese das sínteses: o debate teve tudo para ser neutro para Dilma, ruim para Marina e bom para Aécio.

Mas quem vai dizer é o eleitor.


  

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