Ou vai ou racha! 06/10/2014
- Blog de Rodrigo Constantino - Veja.com
Surpreendendo muitos – especialmente os institutos de pesquisa – o senador Aécio Neves despontou como o grande vencedor no primeiro turno, chegando a quase 34% dos votos, bem à frente de Marina Silva.
Uma nova eleição tem começo hoje, e ficará mais claro para o povo brasileiro o que está em jogo.
De um lado, um projeto que respeita a economia de mercado e conta com uma equipe preparada e testada; do outro, mais do mesmo, que vem afundando nossa economia no caos.
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Os investidores, que vivem disso e dedicam muito tempo às análises, já demonstram nova euforia com a possibilidade concreta de derrotar o atual modelo, responsável pela queda da atividade, do valor dos ativos, e a alta da inflação.
O índice futuro do Ibovespa já sinaliza uma alta de 8% na abertura:
Nem mesmo o ministro Guido Mantega teria a cara de pau de falar que isso se deve a alguma coisa externa, como vem alegando.
Está claro que os investidores celebram a chance de Dilma perder, especialmente para alguém como Aécio, cuja política econômica seria a mais adequada para colocar o país nos trilhos novamente e permitir a retomada de um crescimento sustentável.
O que está em disputa, portanto, é ter Arminio Fraga no comando da economia, alguém que foi cotado para assumir até mesmo o Federal Reserve, o banco central americano, ou Guido Mantega do outro, o ministro mais medíocre que já ocupou a pasta.
É a experiência internacional de um lado, contra a Unicamp do outro, com seu desenvolvimentismo fracassado.
O Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, mostra a décima-nona queda consecutiva das estimativas de crescimento da economia este ano. Agora, os analistas esperam somente 0,24% de crescimento, ou seja, praticamente nada, enquanto a inflação segue perigosamente no topo da elevada meta, acima de 6% ao ano.
O Brasil está numa clara encruzilhada: se tomar a decisão de virar mais à direita, tem chance de superar os enormes desafios e voltar a crescer, debelando a inflação; se insistir na rota mais à esquerda, poderemos afundar cada vez mais, rumo à tragédia argentina. Eis o que se apresenta para o eleitor agora: ou vai, ou racha!