capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.943.098 pageviews  

Falooouuu... Frases e textos para ler, reler, treler e guardar

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

No vermelho
02/11/2014 - Folha de S.Paulo

No conjunto de medidas impopulares para recuperar a credibilidade perdida e tentar colocar a economia nos trilhos após as eleições, a alta de juros foi apenas a primeira -- e a mais fácil. Agora vem o desafio maior do governo: convencer a sociedade de que as contas públicas estão sob controle.

Na sexta-feira (31) tornou-se conhecido o rombo de setembro, R$ 69 bilhões, o maior da história quando se considera todo o setor público. No acumulado do ano, são R$ 224,4 bilhões (5,94% do PIB) negativos, incluindo os juros.

Quando se toma somente o resultado primário (a diferença entre receitas e despesas antes do pagamento de juros), o quadro é igualmente preocupante. Houve deficit de cerca de R$ 15 bilhões (0,4% do PIB) no período, algo inédito desde o início do Plano Real, em 1994.


PUBLICIDADE


Confirma-se o que já era sabido: será impossível atingir a economia prometida de R$ 99 bilhões neste ano. Nem mesmo o recurso à dedução de investimentos do PAC e desonerações, previsto em lei, bastará para deixar a conta no azul.

O governo precisará pedir ao Congresso a ampliação desses descontos, a fim de não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal -- pelo menos formalmente.

A questão mais importante, agora, diz respeito às metas de 2015. Com a arrecadação estagnada e considerado o buraco atual, parece impraticável o saldo primário de 2,5% do PIB estipulado para o próximo ano. O governo deve indicar um caminho suave para restaurar as contas, mas precisará mostrar convicção e retomar o compromisso com a transparência.

Tudo sugere que alguns impostos que não dependem dos congressistas voltarão, como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre combustíveis. Não se descarta, ademais, que o governo desista de prolongar a redução das alíquotas de IPI sobre automóveis para além de dezembro.

Como medidas tributárias mais amplas dependem do Congresso, o Executivo não pode contar com elas. Grandes cortes nas despesas soam inevitáveis, portanto.

Delineia-se, assim, um ajuste recessivo. Juros mais altos e orçamento austero devem acentuar, no curto prazo, a tendência de baixa na economia, o que era negado pela presidente Dilma Rousseff (PT) em sua versão candidata.

A aposta do governo é que o pacote ortodoxo restaurará a confiança do setor privado, destravando investimentos. Parece difícil, todavia, acreditar que os empresários serão tomados por súbito ânimo.

O arrocho pode comprometer ainda mais a geração de emprego, que já tende à estagnação. Se os postos de trabalho começarem a fechar, Dilma perderá sua última bandeira na economia.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques