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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Um cadável adiado
06/11/2014 - Blog de Reinaldo Azevedo - Veja.com

O Brasil elegeu um governo que já nasce morto, infelizmente!

O PT não tem mais nada oferecer ao país.

Os dados sobre miséria e pobreza coligidos pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base na Pnad, do IBGE, indicam que, de 2012 para 2013, o número de miseráveis no país cresceu: de 10,081 milhões para 10,452 milhões -- um acréscimo de 371.158 pessoas.


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Os dados estão no site do Ipea, órgão subordinado à Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).

O instituto, por orientação da SAE, escondeu esses dados durante a campanha eleitoral alegando que a lei impedia que fossem divulgados.

É mentira. Foi só uma trapaçazinha eleitoral.

O que é um miserável?

É a pessoa que não tem renda para suprir as suas necessidades calóricas mínimas.

O que isso quer dizer?

É uma perífrase da fome.

Sim, no país de cartão-postal da propaganda eleitoral petista, ainda há quase 11 milhões de famintos.

Segundo o Ipea, o número de pessoas pobres teve uma queda no período: de 30,35 milhões para 28,69 milhões em 2013.

O que é um pobre?

É aquele que tem o dobro da renda do miserável.

Vale dizer: consegue ao menos comer.

No país das Alices petistas, pois, há praticamente uma Argentina (perto de 40 milhões), em que quase 29 milhões conseguem ao menos comer -- e só -- e mais de 10 milhões, nem isso.

Onde eles estão?

Mais da metade, no Nordeste, que concentra, por isso mesmo, o maior percentual de beneficiários do Bolsa Família e onde o terrorismo eleitoral petista foi mais eficiente.

Como escrevi numa coluna da Folha de S.Paulo, a culpa não é do Nordeste, é da pobreza.

Mas há outro corte igualmente desagradável para o governo Dilma, que lançou o tal programa Brasil sem Miséria.

Segundo esse programa, a linha de corte para definir um miserável, creiam, é R$ 77.

Com R$ 78, ela será apenas um pobre…

Pois é. Caso se leve esse número em conta, os miseráveis cresceram de 3,6% para 4% e são agora 8,05 milhões de pessoas -- 870.784 pessoas a mais.

É claro que, um dia, ainda vamos nos indignar com uma “elite” (né, Lula?) que considera que o sujeito se livra da miséria com R$ 78.

Mas vá lá.

Volto ao começo.

Digo que o país reelegeu um governo já morto porque parece evidente que os mal chamados “programas de renda” (eu acho que o Bolsa Família é assistencialismo necessário, não programa de renda) já deram o que tinham de dar.

É claro que a inflação corroeu parte do ganho dos muito pobres -- a velha inflação, tão tolerada pelo governo.

Segundo a candidata Dilma, só é possível diminuí-la gerando desemprego, lembram-se?

Gênio da raça.

Mas há uma questão de fundo: se o país não voltar a crescer a níveis aceitáveis, há pouco a fazer com os miseráveis, com os muito pobres, a não ser tentar expandir ainda mais os programas assistencialistas, aumentando o número de cativos.

E, ainda assim, ficarão sujeitos à incompetência gerencial -- esta mesma que flertou com a inflação e puniu quem menos tem.

Enquanto o país foi beneficiado por um ciclo da economia mundial que lhe permitiu ancorar o crescimento no consumo -- deixando de lado todos os outros fundamentos da economia --, foi possível crescer um pouco e minorar os extremos da miséria.

Mas falta muito, muito mesmo!, para vencer a pobreza.

O Brasil “de classe média” é uma fantasia estatística.

É preciso alargar muito o conceito para a chegar a essa conclusão.

O país precisa voltar a crescer.

E, até onde a vista alcança, o PT não sabe como fazê-lo sem gerar mais inflação.

De maneira realmente desafiadora para a inteligência, tem conseguido o contrário: crescer perto de zero com inflação alta.

Dilma foi eleita pelos pobres, como quer o petismo?

Como se vê, pior… para os pobres.

A miséria cresceu porque o modelo petista morreu.

O segundo mandato de Dilma é só um cadáver adiado que procria, como escreveu o poeta.


  

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