O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

A Zorra e a Tonta
14/12/2014 - VLADY OLIVER

Como eu me lembrei dos tempos em que trabalhei numa empresa administrada por uma seita, hoje.

Isso porque cansei de ver desafetos da seita picareta serem enviados para os confins da África quando discordavam das ordens dos autointitulados bispos.

E também por que a menina veneno, Venina Velosa, foi parar duas vezes nos confins da Terra por conta da quadrilha aboletada na pétubrais acumpanheirada.


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E nem por isso ela perdeu a verve e a circunstância de descer a lenha no vigaréu a céu aberto que a pobre empresa bilionária acobertava com seus pré-sais e desvios de grana preta.

Cansei de mandar circulares que circulavam em círculos, fazendo apenas a alegria dos amigos e o desconforto dos comparsas que por lá se sustentavam, pingentes de um engrenagem que, essa sim, não se sustenta um mês sequer sem um deusoduto de dinheiro para fingir que a empresa existe e trabalha segundo as leis dos homens e dos deuses.

Santa picaretagem, Batman!!!

A moça esgoelou-se de editar pareceres e comunicados aos chefetes e estes a receberam com o revólver na cara.

Que turminha boa essa, não?

É evidente que cercada de canhões de vários calibres, todos dispostos a rapinar o erário com força e com vontade, o resultado da administração dilma do chefe só poderia ser um país emborcado no acostamento.

Quem se atreve a trabalhar para essa quadrilha?

Não digo roubar, que isso todos eles roubam, mas TRABALHAR, efetivamente.

A lembrança do governo Ribamar e seus marimbondos me transborda a mente.

Inflação de 90%?

A presidente sumiu?

Os políticos aprovam o que querem no Congresso da Mãe Joana?

Parece que esse filme eu já vi.

Se alguém puder me explicar sem roubar no jogo como uma gracinha fossa continua presidente, depois de tudo o que já se sabe sobre ela, eu juro que gostaria de entender.

Ou melhor; eu sei, mas preferia não saber.

As duas colam mais que o velcro da indecência nas paredes ameaçadas do Palácio da vigarice.

As duas jogam bafo, robamonte, trocam receitas de macarronada de paladar indigesto e escondem uma para a outra a gigantesca roubalheira que ambas capitanearam.

“Se tu cai, eu caio”, já penso ouvir entre outras juras de amor bandido entre estes dois seres desanimados e desanimadores.

Pega lá a baioneta e vamos lembrar dos tempo que a gente assaltava bancos no muque.

Agora é só na vigarice mesmo.

Uma vigarice onde não há um culhão -- me desculpe o termo chulo, mas ele se faz necessário -- para encarar o distinto público e avisar que a casa caiu.

Não vou me espantar se um dia, premida pelos mesmos argumentos que enfiaram na testa da geóloga ameaçada, a dona simplesmente pegue o boné e se mande para a grana do colchão.

Essa gente não tem um pingo de caráter.

Vai ficar no cargo até a hora da voz de prisão.

Até os camburões virarem a esquina, veraneios vascaínas de triste lembrança.

É, dona fossa.

Aqui, quem não é zorra é tonta, não é mesmo?

Parei.

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