Depois de 53 anos vivendo com recursos que nunca produziu, primeiro sustentada pela extinta URSS e depois pela Venezuela bolivariana, a ilha sabe que não há mais quem pague o almoço da mais longeva ditadura do mundo.
Cuba é um porta-aviões estacionado a 150 km da Flórida. (Somente como comparação: a distância entre São Paulo e Taguaritinga é de 340 km). Foi alugada durante a Guerra Fria para servir de base de lançamentos de mísseis.
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Com o fim das tensões entre soviéticos e americanos, continuou a ser o paradigma de outra “guerra”, feita de diatribes, ofensas e ameaças risíveis.
Desde sempre, o regime cubano prende, mata, censura, evita eleições e privilegia a casta no poder, que se mostrou incapaz de promover qualquer avanço econômico. A ilha sempre dependeu da ajuda de quem hostiliza os EUA.
Qual a importância geopolítica e econômica de Cuba nos dias atuais? Nenhuma.
Cuba não será uma China, onde impera o capitalismo de esquerda. Será uma Alemanha Oriental, que descobriu que havia vida do outro lado só depois da queda do Muro de Berlim.
Não será uma travessia fácil. São 50 anos de doutrinação. As gerações recentes foram isoladas do mundo. Mas acontecerá.
Quantas Yoanis Sanchez surgirão? Como censurar a WEB? A China censura. Custa muito dinheiro para quem tem de economizar tostões.
O sonho que se fez pesadelo no momento zero está chegando ao fim. Nada impedirá a avalanche de informação, diversão, democracia e cidadania que a reaproximação com os Estados Unidos provocará.
A ilha hoje sobrevive de charutos e açúcar (como há 50 anos), financiamentos externos a fundo perdidos (as fontes secaram) e aluguel de cidadãos. O mundo passou por quantas mudanças nas últimas décadas. Enquanto todos mudavam, Cuba permanecia imobilizada a 150 km de Miami. Não teria nada sem o dinheiro que soube extorquir dos “amigos” socialistas invocando essa proximidade geográfica.
Em 1961, foi erguido em Berlim o muro derrubado em 1989. Um ano depois, a reunificação da Alemanha se consumou.