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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Levy versus Coutinho
20/02/2015 - RAQUEL LANDIM - FOLHA DE S.PAULO

A presidente Dilma Rousseff não se cansa de dar sinais de que não se convenceu da doutrina neoliberal pregada por seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e que vem sendo obrigada a "engolir" o ajuste fiscal.

Ontem, a presidente decidiu manter Luciano Coutinho no comando do BNDES.

Conhecido economista heterodoxo, ele é o criador da criticada estratégia de "campeãs nacionais".


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Ninguém pode acusar Coutinho de incoerência. Uma vez no governo, ele aplicou suas ideias e utilizou a força do Estado para alavancar alguns setores e empresas, como o frigorífico JBS ou fabricante de celulose Fibria.

Coutinho está no cargo há quase oito anos -- assumiu em abril de 2007, ainda no governo Lula.

Na sua gestão, o BNDES se agigantou graças às transferências do Tesouro Nacional.

Até junho de 2008, antes da crise global, o BNDES tinha recebido R$ 14 bilhões do Tesouro, o equivalente a 0,5% do PIB.

No ano passado, esse montante chegou a R$ 545,6 bilhões, ou 10,6% do PIB.

Os empréstimos aos bancos públicos ajudaram a deteriorar as contas do governo.

Levy já disse que o Tesouro não vai mais financiar o BNDES e que é contra o patrimonialismo praticado pelo banco.

Depois que sua estratégia fez água, Coutinho chegou a afirmar que a estratégia das "campeãs nacionais" chegou ao fim e que o BNDES precisa diminuir de tamanho gradualmente.

Mas não dá para acreditar que tenha abandonado as crenças econômicas de toda sua vida.

Levy pode até neutralizar a influência de Coutinho, eliminando as transferências do Tesouro e elevando a TJLP (taxa de juro de longo prazo cobrada pelo banco, mas definida pelo governo).

No entanto, terá um páreo duro pela frente.

Coutinho é ex-professor de Dilma e a presidente comunga de suas ideias.

Ao manter Coutinho no cargo, Dilma mostra mais uma vez a dubiedade do seu governo.

A trégua que o mercado concedeu ao ministro da Fazenda está se esgotando.

Se realmente quer reconquistar a confiança dos investidores, estava na hora da presidente começar a ajudá-lo.


  

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