capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.757.130 pageviews  

O Outro Lado Porque tudo tem dois, menos a esfera.

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Imposto e escravidão
21/03/2015 - Hélio Schwartsman - Folha de S.Paulo

Para todo problema complexo existe uma solução clara, simples e errada."

A frase do jornalista americano HL Mencken me veio à cabeça por causa da ideia de criar um imposto sobre fortunas para resolver nosso problema fiscal.

À primeira vista, a proposta parece perfeita, já que serviria, de uma só vez, para nos tirar da lama e produzir mais justiça social.


PUBLICIDADE


À segunda vista, porém, as coisas não são tão simples.

A literatura sugere que esse tipo de tributação pode ser um tiro pela culatra, já que estimula a fuga de capitais, inibe investimentos externos e, de quebra, arrecada pouco.

Estudo de 2008 de Éric Pichet estimou que o imposto sobre fortunas da França custa ao Estado o dobro do que arrecada.

Não é uma coincidência que, no último par de décadas, Suécia, Dinamarca, Alemanha, Áustria, Finlândia e Luxemburgo tenham desistido de cobrar esse imposto.

Como o Brasil é bem diferente das social-democracias europeias, é possível que as coisas funcionassem melhor por aqui.

Mas a resposta a essas questões econômicas deve ser empírica -- funciona ou não funciona? -- e não moral, ou faremos bobagem.

E, já que mencionei a moral, não resisto a reproduzir muito sumariamente o argumento do filósofo Robert Nozick contra a distribuição de renda.

Para Nozick, cada um de nós tem autoridade soberana sobre si mesmo, seu corpo, habilidades e os frutos de seu trabalho.

Só um argumento desse tipo possibilita rejeitar moralmente a escravidão. De outra forma, ela seria aceitável, desde que os escravos fossem bem tratados.

Tal soberania implica que qualquer taxação é indistinguível do roubo.

A única forma moral de justificar o Estado são contribuições voluntárias em troca de serviços prestados.

Para Nozick, o que restaria é um Estado mínimo que promova itens básicos como segurança e Judiciário.

O resto, diz ele, equivale a escravidão.

Mesmo que não concordemos com a tese, ela dá o que pensar.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques