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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Congresso aproveita a fraqueza do governo para impor sua agenda
26/03/2015 - Blog de Ricardo Noblat - O GLOBO

O governo da presidente Dilma Rousseff enfraquece à medida em que o tempo passa -- e aparentemente passa ligeiro, embora o governo sequer tenha completado três meses de vida.

Dilma defendeu outro dia a criação de 39 ministérios. Antes de Lula assumir seu primeiro mandato, eram 20.

Anteontem, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, voltou a defender a redução para 20 do número de ministérios. Em breve, um projeto nesse sentido será votado no Congresso.


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Não passa pela cabeça de Dilma extinguir uma parcela dos cargos em comissão -- aqueles ocupados sem a necessidade de concurso público. O Congresso planeja extinguir uma parcela deles.

Dilma repetiu que o ajuste fiscal, para pôr em dia as contas públicas desarranjadas para que ela se reelegesse, não será mudado.

Renan retrucou dizendo que do jeito que está, o ajuste não será aprovado pela Congresso. Se a sociedade não quer, o Congresso também não quer.

No meio da tarde, Dilma anunciou que não será possível renegociar o índice de correção das dívidas estaduais e municipais. À noite, por 389 contra duas abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou o que Dilma negou que fosse possível.

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, chamou o governo de “agiota”. Ninguém defendeu o governo.

Em segundo turno, o Senado atropelou o governo e aprovou a Proposta de Emenda à Constituição que a acaba com as coligações em eleições proporcionais. Ou seja: para deputados federais e estaduais, e vereadores.

A CPI da Petrobras, para desgosto do governo, convocou para depor Vaccari Neto, tesoureiro do PT, suspeito de envolvimento com a roubalheira da Petrobras, e Luciano Coutinho, presidente do BNDES.

Por último, Comissão do Senado aprovou a convocação de Thomas Traumann, Secretário de Comunicação da presidência da República, para explicar documento de sua autoria sobre os problemas que o governo enfrenta nessa área.

Chega ou quer mais?

E o mais curioso: tem aliados do governo dizendo que o pior já passou.


  

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