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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Erros do PT ameaçam a sigla em 2016
03/05/2015 - Gabriel Castro - Vja.com

Há quinze anos o PT elegia Marta Suplicy prefeita da capital paulista -- maior triunfo do partido nas eleições municipais de 2000.

A sigla ainda saía do pleito com 70% mais prefeituras do que conseguiu em 1996. Em todo país, foram quase 15% dos votos totais, com destaque para o ganho de terreno da sigla no interior.

Depois do PPS, foi a legenda que mais cresceu na ocasião.


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Oito eleições depois, o pleito do ano que vem tende a resultar no primeiro recuo do PT desde 2000.

Ironicamente, a mesma Marta Suplicy que representou o avanço da legenda em 2000 é um dos símbolos do momento amargo que o partido hoje vive.

A senadora, que foi ministra de Dilma Rousseff até novembro, anunciou na última semana sua desfiliação do PT.

Antes disso, Marta passou a atacar o partido sistematicamente, em um gesto que pode soar oportunista, mas é revelador do novo momento político do país: ser petista frequentemente traz mais ônus do que vantagens.

Para além de fatores circunstanciais, está claro que o partido vive um momento de declínio que dificilmente deixará de influenciar o pleito de 2016.

As eleições de 2014 já mostraram uma inflexão natural, porque cíclica, no eleitorado.

Não fossem as rasteiras aplicadas contra adversários na campanha do ano passado, é muito provável que Dilma Rousseff tivesse perdido as eleições.

Embora ainda não tenha confirmado, Marta deve integrar-se aos quadros do PSB, que já assegura o espaço para que a ex-petista dispute a prefeitura de São Paulo.

"Ela vai ser ter uma candidatura ampla", assegura Carlos Siqueira, presidente do PSB. A sigla é a principal candidata a herdar os votos do eleitorado típico do PT.

Mesmo hoje, os socialistas já governam três dos maiores municípios brasileiros. O PT, apenas um.

O caso de São Paulo é novamente um bom exemplo do novo cenário: Fernando Haddad tem índices baixos de popularidade e concorrerá em uma eleição disputada: Marta é popular justamente na periferia, onde o eleitorado é tradicionalmente petista.

Celso Russomanno, que ficou perto de chegar ao segundo turno na última disputa, deve voltar a concorrer.

O candidato tucano, seja qual for, terá a seu favor uma máquina partidária bem estruturada e cabos eleitorais de peso.

Já no Rio de Janeiro, PMDB e PT dificilmente repetirão a parceria das últimas eleições.

O primeiro deve lançar o deputado federal Pedro Paulo ou líder do PMDB na Câmara, Jorge Picciani. O segundo cogita concorrer com o deputado federal Alessandro Molon.

Em Belo Horizonte, o PT também enfrenta uma forte resistência.

Apesar de ter vencido a disputa para o governo do Estado em 2014, o partido foi derrotado por uma margem expressiva na capital mineira.

Aécio Neves teve lá quase dois terços dos votos válidos contra Dilma Rousseff.

Com processos correndo na Justiça e investigações contra políticos no Supremo Tribunal Federal, é pouco provável que, até outubro de 2016, o escândalo do petrolão desapareça do noticiário.

"O caso da Petrobras pode comprometer a imagem do PT ainda mais", avalia o cientista político Rui Tavares Maluf.

As incertezas para o PT aumentam porque é possível que a disputa de 2016 já se dê sob um novo sistema eleitoral, atualmente em gestação no Congresso.

Dificilmente será o modelo defendido pelo partido, o do voto em lista.

Além disso, outras forças políticas têm se aglutinado.

PSB e PPS estão em processo de fusão, o que deve resultar na quarta maior bancada do Congresso -- e mais perto da oposição do que do governo.

PTB e DEM também negociam unir-se, o que pode resultar em outra grande sigla independente e fora da órbita do PT.

A maior parte das siglas que deu sustentação ao PT nos últimos anos tem pouca identidade programática com o partido da presidente.

A aliança de ocasião tende a se desfazer conforme a aprovação da presidente e de seus correligionários decresce.

PMDB, PP, PR e PSD são exemplos de legendas que tendem a caminhar para onde sopra o vento da política.

"Há uma tendência de fragilização da aliança entre o PT e esses partidos que têm mais dificuldade em ter candidaturas próprias", avalia o cientista político.

A oscilação cíclica das preferências do eleitorado, o senso de oportunidade de antigos aliados, o fortalecimento da oposição dentro e fora do Congresso e, sobretudo, os sucessivos erros do Partido dos Trabalhadores devem trazer surpresas nas eleições de 2016.

Só não está claro ainda quem será o maior beneficiário delas.


  

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