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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Planalto admite desbloquear emendas para conter rebelião no Congresso
25/05/2015 - Painel - Folha de S.Paulo

Com a expectativa de deterioração significativa no ambiente no Congresso com o bloqueio de R$ 20 bilhões em emendas, o Planalto prometerá aos deputados analisar caso a caso a liberação dos recursos e admite que será preciso soltar parte do dinheiro.

Auxiliares de Dilma Rousseff também reconhecem que será necessário um pente-fino nos cortes que atinjam cidades estratégicas, como São Paulo, de Fernando Haddad (PT). Parte dos projetos deve ter recursos liberados.

Tempestade...


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A preocupação no governo cresce com a expectativa de cobrança de prefeitos em marcha que acontece nesta semana.

...perfeita

Parte dos políticos já fala em romper unilateralmente convênios firmados com a União, se o Planalto não fixar um prazo para o desbloqueio de repasses. Dizem que de nada adianta manter parcerias se não houver recursos para o custeio.

Tudo pode

As dificuldades na aprovação do ajuste fiscal alimentaram a insatisfação de Joaquim Levy (Fazenda) com o governo.

O núcleo político recebeu o recado de que o ministro ficou frustrado com as concessões ao Congresso, que reduziram o corte previsto para este ano.

Livre

Um ministro relatou que Levy ficou especialmente irritado com a falta de pressão do governo sobre o projeto que revê as desonerações.

A decisão do relator Leonardo Picciani (PMDB-RJ) de iniciar a validade da revisão em dezembro foi desanimadora para a equipe econômica.

Tangente

Deputados petistas ligados a centrais sindicais se irritaram com a possibilidade de que a medida provisória 664 não seja votada a tempo no Senado, o que livraria o governo da decisão de vetar ou não a flexibilização do fator previdenciário.

Para eles, a saída pela tangente é o pior cenário para Dilma.

Dublê

Crítico de Dilma, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) postou vídeo em que, sem camisa, dubla a petista dando olá a internautas.

Ele reconhece que o post é só uma brincadeira de mau gosto.

Não valeu

O governo Flávio Dino (PCdoB), no Maranhão, concluiu pela nulidade do acordo com a Constran para antecipar o pagamento de um precatório de R$ 113 milhões, na gestão Roseana Sarney (PMDB).

A ex-governadora é acusada na Lava Jato de ter recebido propina pelo ato.

Eu tentei

Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP) enviou mensagem ao grupo da bancada dizendo que concordava com a “indignação” dos deputados pela decisão do partido de deixar de lado, por ora, o pedido de impeachment de Dilma.

Eles não deixaram

“Tive na quinta reunião com o senadores Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e Aloysio Nunes. Tentei argumentar pelo impeachment. Fui voz vencida e avisei que a reação da nossa bancada seria forte”, escreveu o líder tucano.

Tipificado

Secretário-geral do PTB, o deputado Campos Machado se queixa de exigências feitas pelo DEM no processo de união das siglas.

A conversa é sobre fusão, mas alguns democratas pensam em apropriação.

Isso, no Código Penal, configura apropriação indébita.

Deixe-me ir

A direção do PT em São Paulo identificou prefeitos e vereadores que solicitaram a seus diretórios municipais que fossem expulsos do partido, para que pudessem trocar de legenda sem risco de perder o cargo.

Preciso andar

Para evitar a manobra, apenas a Executiva estadual passou a ter a prerrogativa de expulsar os filiados que têm mandato.

Maior o tombo

Aliados de Andrea Matarazzo, pré-candidato em São Paulo, estão preocupados com a eleição do diretório municipal do PSDB.

Dizem que uma coisa foi ter perdido o controle da sigla em 2013. Outra é ser derrotado às vésperas da campanha pela prefeitura.

TIROTEIO

"A situação é explosiva. Tentaremos fazer uma marcha propositiva, mas será difícil controlar prefeitos com nervos à flor da pele."

Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios, sobre o clima de cobrança a Dilma Rousseff na Marcha dos Prefeitos.

CONTRAPONTO

Coquetel palaciano

Provocada por um jornalista mexicano durante entrevista sobre a configuração política na América Latina, a presidente Dilma Rousseff decidiu traduzir o momento entre Brasil e México usando bebidas típicas:

— Pode falar tequila de um lado e cachaça de outro, a caipirinha. Tequila e caipirinha! —ilustrou Dilma.

Depois de um breve intervalo, a presidente decidiu ampliar o cardápio:

— O mojito é de vocês? — questionou.

— Não, mojito é cubano. Nós somos primos-irmãos! — devolveu o jornalista.

— Vocês gostavam muito de mojito! — encerrou Dilma.


  

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