O queridinho do PT 20/06/2015
- Blog de Reinaldo Azevedo - Veja.com
Se havia alguma dúvida -- e as pessoas decentes já não tinham nenhuma -- de que o governo da Venezuela é composto por um bando de fascistoides asquerosos, agora não há mais.
Forças policiais, a serviço do presidente Nicolás Maduro, bloquearam as principais vias de Caracas e impediram a comissão de senadores brasileiros de chegar ao presídio onde se encontram três líderes da oposição.
Eles mal conseguiram sair das imediações do aeroporto Simón Bolívar.
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Isso já bastaria para caracterizar um ato de agressão não àqueles parlamentares, mas ao Brasil.
Os senadores que lá estavam representam o Parlamento.
Existe um tratado de reciprocidade que dispensa a concessão de visto para a entrada de brasileiros naquele país e vice-versa.
Mas houve mais do que o bloqueio: milícias a serviço do regime cercaram o carro onde estavam os senadores, atacando o veículo com chutes e socos.
Agentes da Polícia Nacional Bolivariana admitiram à reportagem da Folha que houve uma ação orquestrada do governo para impedir que os brasileiros chegassem à prisão. Disse um deles:
“É evidente que é uma sabotagem. Quando vem uma autoridade estrangeira, nós os escoltamos em fluxo, contrafluxo ou em qualquer circunstância”.
Integravam a comitiva Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
Na van em que se encontravam os senadores estavam a deputada cassada María Corina Machado, a mãe de Leopoldo López, que é um dos prisioneiros, e sua mulher, Lilian Tintori, que entrou em pânico, com medo de ser reconhecida e linchada.
Eis a Venezuela de Nicolás Maduro.
Na semana passada, na Bélgica, Dilma fez uma candente defesa da Venezuela, repudiando qualquer forma de sanção àquela ditadura.
Que se note: até agora, os EUA se limitaram a impedir a entrada de figuras de proa do governo.
Não houve nenhuma medida restritiva contra o país propriamente.
No dias 9 e 10 deste mês, Luiz Inácio Lula da Silva recebeu no Instituto Lula Diosdado Cabello, o presidente da Assembleia Nacional e número dois do regime.
O homem é investigado nos EUA por suas ligações com o tráfico de drogas.
Segundo seu ex-chefe de segurança, que se exilou, Leamsy Salazar, ele é o número dois do regime, sim, mas o número um do narcotráfico no país.
Vamos ver qual será a reação do governo brasileiro, sempre tão servil aos destinos do regime bolivariano.